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Perfuração da membrana do tímpano

Perfuração da membrana do tímpano

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Perfuração da membrana do tímpano
Especialidade otorrinolaringologia
Classificação e recursos externos
CID-10 H72
CID-9 384.2
CID-11 194676178
DiseasesDB 13473
MedlinePlus 001038
eMedicine ent/206
MeSH D018058
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Perfuração timpânica humana.

Perfuração da membrana do tímpano, ou simplesmente tímpano perfurado, é uma ruptura ou perfuração (buraco) do tímpano, que pode ocorrer como resultado de otite média (infecção do ouvido), que resulta em um acúmulo de pus no ouvido médio,trauma (por exemplo, tentando limpar o ouvido com instrumentos cortantes), explosão, barulho ou cirurgia (criação acidental de um ruptura). Voar com um frio intenso também podem causar perfuração devido a mudanças na pressão do ar e bloqueiam a tuba auditiva devido ao frio. Isto é especialmente real na aterragem.

A membrana timpânica (MT) é uma estrutura com 85 mm² de superfície, 10 mm de diâmetro e 0,1 mm de espessura. Formada por uma camada de tecido conjuntivo cartilaginoso e translúcido. Pode ser composta em duas partes, a flácida e a tensa, constituídas por pele e túnica mucosa, sendo que a camada fibrosa se encontra apenas nessa última. Possui 4 quadrantes: posterossuperior, posteroinferior, anterossuperior e anteroinferior. Sendo que o anteroinferior é responsável pelo aparecimento de uma zona brilhante, denominada de "cone de luz" ou "triângulo luminoso", durante o exame otoscópico, isso se deve ao fato tanto do arranjo de fibras desse quadrante que o torna menos denso, quanto do fato da membrana ser côncava.

A função dessa membrana é auxiliar na audição, transmitindo as vibrações sonoras para a parte média da orelha, porém, a perfuração pode não criar mais os padrões vibratórios suficientes, levando à perda auditiva condutiva, que normalmente é temporária. Outros sintomas podem incluir o zumbido, dor de ouvido ou uma descarga de muco.

Membrana timpânica com perfuração

Sintomas

Os sintomas decorrentes das perfurações podem ocorrer isoladamente ou associados, dentre eles, principalmente, a otorreia (secreção de líquido ou pus pelo canal auditivo) recorrente, hipoacusia (perda da audição), e a otalgia (dor de ouvido), quando na presença de infecção. Já nas manifestações menos comuns estão o prurido otológico e a vertigem.

Cicatrização

Processo de cicatrização de grande perfuração timpânica após a aplicação tópica de ofloxacina gotas otológicas (imagem B 4 dias, imagem C 7 dias, imagem D 2 semanas, imagem E 3 semanas e imagem F 7 semanas após medicação

É possível ter um bom prognóstico e recuperação espontânea, mesmo sem tratamento, a depender do trauma. São citadas na literatura dois tipos de perfuração da membrana timpânica conforme o tempo de recuperação: a crônica e a aguda. A crônica é atribuída às perfurações que se mantêm por 3 meses, pela não cicatrização espontânea e não crescimento de tecido epitelial, geralmente são as que causam inflamação crônica na orelha média e por consequência em otite média supurativa. Em contrapartida, a aguda ocorre regeneração num tempo relativo de 7 a 10 dias.

A cicatrização da membrana timpânica ocorre por meio da proliferação do epitélio escamoso queratinizado que avança à frente do tecido conjuntivo. Quando tal crescimento se dá para o interior das bordas da perfuração (para a orelha média), observa-se a permanência da perfuração.

Avaliação

Otoscopia à esquerda perfuração. À direita após colocação da membrana de celulose bacteriana.

Na avaliação, em alguns casos, não é possível se estabelecer uma conclusão tão evidente de ruptura da MT no exame, por isso pode-se utilizar a otoscopia pneumática e a timpanometria (exames que analisam o movimento da membrana em resposta às diferentes pressões que lhe submete) para fechar o diagnóstico. Porém, nem sempre a otoscopia pneumática é recomendada por provocar riscos à orelha média.

Estudos mostram que o embaçamento do otoscópio pode ajudar na avaliação, pois o ar umidificado e quente passa da nasofaringe para orelha média, e pela abertura, para o meato acústico externo, pode levar à condensação da lente do otoscópio, indicando perfuração da membrana timpânica.

Achados Audiológicos

Estudos mostram que a perfuração da MT pode levar inicialmente a uma perda auditiva condutiva, principalmente nas frequências baixas. E devido à diminuição da área vibratória de membrana e de transmissão de energia sonora, o tamanho da perfuração está relacionado com uma diminuição da percepção sonora, ou seja, piora nos limiares auditivos. O grau da perda varia quanto ao tamanho e localização da lesão. Perfurações que cobrem de 0 a 25% da área podem ocasionar uma perda auditiva de até 12dB. Já as que ocupam de 26 a 50% da área podem resultar em perdas de até 22dB, enquanto perfurações que abrangem de 50 a 95% da área podem causar perda de até 28dB.

Tratamento

A perfuração pode ser reparada em poucas semanas cicatrizando-se espontaneamente, fazendo com que as manifestações clínicas desapareçam, ou pode demorar até alguns meses. Algumas perfurações necessitam de intervenção. Isto pode assumir a forma de um remendo de papel para promover a cura (um procedimento simples feito por um especialista em ouvido, nariz e garganta), ou cirurgia (timpanoplastia). No entanto, em alguns casos, a perfuração pode durar vários anos e não será capaz de curar naturalmente. Tais processos são geralmente em consequência de uma perfuração sendo induzida cirurgicamente, durante uma operação que envolve o ouvido.

A cicatrização espontânea ocorre em cerca de 70 a 90% dos casos, porém é um processo lento que pode ultrapassar a marca de um mês. A timpanoplastia é a conduta cirúrgica para a reparação da membrana timpânica, mas é mais invasiva, sendo uma opção restrita a casos onde não há reparação espontânea da estrutura. Sendo assim, o tratamento inicial é conservador.

A timpanoplastia pode ou não envolver uma reconstrução ossicular, mas sempre envolve uma exploração do ouvido médio. Na maioria dos casos a audição é recuperada totalmente, mas a infecção crônica por um longo período pode levar à perda permanente da audição. Aqueles com rupturas mais graves podem precisar fazer uso de tampão de ouvido para evitar o contato entre a água com a membrana do tímpano.

Outro tratamento existente para as perfurações timpânicas é a aplicação de fragmento de película de celulose bacteriana sobre perfurações timpânicas, que podem acarretar em recuperação funcional e sintomática imediata.


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