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Shigelose
Shigelose | |
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Shigella numa amostra de fezes | |
Sinónimos | Disenteria bacilar, síndrome de Marlow |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Diarreia, febre, dor abdominal |
Complicações | Artrite reativa, sepse, crise epiléptica, síndrome hemolítico-urémica |
Início habitual | 1-2 dias após exposição |
Duração | 5-7 dias |
Causas | Shigella |
Método de diagnóstico | Coprocultura |
Prevenção | Lavar as mãos |
Tratamento | Repouso e ingestão de líquidos |
Medicação | Antibióticos em casos graves |
Frequência | >80 milhões (2015) |
Mortes | 700 000 (2015) |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A03 |
CID-9 | 004 |
CID-11 | 2080365623 |
DiseasesDB | 12005 |
MedlinePlus | 000295 |
eMedicine | med/2112 |
MeSH | D004405 |
Leia o aviso médico |
Shigelose é uma infeção dos intestinos causada por bactérias do género Shigella. Os sintomas geralmente manifestam-se um a dois dias após exposição e incluem diarreia, febre, dor abdominal e vontade em defecar mesmo quando o intestino está vazio. A diarreia pode-se apresentar com sangue. Os sintomas geralmente manifestam-se entre cinco e sete dias. Entre as possíveis complicações estão a artrite reativa, sepse, crises epilépticas e síndrome hemolítico-urémica.
A shigelose é causada por quatro tipos específicos de Shigella. A bactéria é geralmente transmitida pela exposição a fezes infetadas. A exposição pode ocorrer em alimentos, água ou mãos contaminados. A bactéria pode ainda ser transmitida por moscas ou ao trocar uma fralda. O diagnóstico é feito com coprocultura.
Não existe vacina. É possível diminuir o risco de infeção lavando as mãos de forma adequada. A shigelose geralmente cura-se por si própria sem necessidade de tratamento específico. Recomenda-se repouso e beber líquidos em quantidade suficiente. O subsalicilato de bismuto pode aliviar alguns sintomas. No entanto, não são recomendados medicamentos que atrasam os movimentos intestinais, como a loperamida. Em casos graves podem ser administrados antibióticos, embora seja comum a resistência antibiótica. Os antibióticos mais comuns são ciprofloxacina e azitromicina.
Estima-se que em 2015 tenham ocorrido pelo menos 80 milhões de casos de shigelose em todo o mundo, tendo a doença sido responsável por 700 000 mortes. A maior parte dos casos ocorre nos países em vias de desenvolvimento. A doença é mais comum entre as crianças mais novas. É comum a ocorrência de surtos da doença em escolas e infantários. A doença também é relativamente comum entre viajantes.
Sinais e sintomas
Bactéria do gênero Shigella produzem toxinas que podem atacar o revestimento do intestino grosso, provocando inchaço, úlceras na parede intestinal e diarreia aquosa volumosa e dolorosa. Outros sintomas incluem:
- Diarreia com sangue e muco;
- Dor de barriga;
- Febre;
- Perda de apetite;
- Náuseas e vômitos;
- Dor ao urinar.
O tempo de latência (ou seja, sem sintomas), é de 12 a 96 horas, e a recuperação leva de 5 a 7 dias.
- Complicações
Sinais e sintomas de complicações:
- Convulsões;
- Rigidez no pescoço;
- Dor de cabeça;
- Cansaço extremo;
- Confusão mental e;
- Desidratação;
Outras complicações mais raras:
- Artrite;
- Erupções cutâneas e;
- Insuficiência renal.
Causas
Bactérias 'Shigella freqüentemente são encontrados em águas infectadas com fezes humanas ou animais. Ingerir alimentos irrigados com essa água ou bebê-la diretamente é a via mais comum de infecção. Também pode ser transmitida por contato direto com a pessoa contaminada no caso de falta de higiene adequada, especialmente entre as crianças.
Bactérias gram negativas do gênero Shigella, podem ser classificadas em quatro espécies:
- S. dysenteriae (grupo A);
- S. flexneri (grupo B);
- S. boydii (grupo C) e;
- S. sonnei (grupo D).
Shigella
As Shigella são bacilos não móveis Gram-negativos anaeróbios facultativos, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Há várias espécies que podem causar disenteria, como S.dysenteriae (sintomas mais graves), S.flexneri, S.boydii e S.sonnei (menos grave). Ao contrário de outros patogênicos intestinais, as Shigella são altamente invasivas.
As Shigella produzem a Endotoxina ShT1 (no caso da S. dysenteriae, esta produz a Exotoxina Shiga) que destroem os ribossomas das células hospedeiras, impedindo a síntese proteica e matando a célula.
Elas são endocitadas pelas células M da mucosa intestinal, invadindo a submucosa, sendo depois fagocitadas por macrófagos. São resistentes à fagocitose, e induzem a apoptose (morte) do macrófago. Então produzem proteínas extra-celulares especificas, as invasivas, que lhes permitem acoplar e invadir os enterócitos, onde se multiplicam até destruírem as células.
Diagnóstico
É clínico (análise dos sintomas), epidemiológico (análise dos fatores de risco locais) e laboratorial (exame de fezes). O exame de fezes permite identificação das colônias suspeitas por meio de provas bioquímicas e sorológicas, destacando-se a excelência dos métodos imunoenzimáticos e o PCR para realização do RX.
Diagnóstico diferencial
Outras causas de diarreia grave são:
- Gastroenterites virais;
- Salmonelose e;
- Protozoários;
Tratamento
Semelhante ao tratamento de outros tipos de diarreia o mais importante é manter o paciente hidratado e bem nutrido enquanto o próprio corpo elimina a doença. Basicamente um copo de água, soro ou leite materno com frequência conforme a sede e repouso até a diarreia e vômitos pararem. Inicialmente, a criança deve receber de 50 a 100ml/Kg, no período de 4 a 6 horas; as crianças amamentadas devem continuar recebendo leite materno, junto com reidratação oral.
A sociedade brasileira de infectologia só recomenda o uso de sonda nasogástrica-SNG em casos de perda de peso significativo com diarreia e vômitos persistentes, distensão abdominal com ruídos hidroaéreos presentes ou dificuldade de ingestão. Nesses casos, administrar 20 a 30ml/Kg/hora de soro. Hidratação parenteral é recomendada em caso de alteração da consciência, vômitos persistentes (mesmo com uso de sonda nasogástrica) e íleo paralítico. Nos casos graves são indicados antimicrobianos.
Epidemiologia
Shiguelose é uma endêmica em todo o mundo, e responsável por cerca de 120 milhões de casos de disenteria grave, com sangue e muco nas fezes. Quase sua totalidade ocorre em países em desenvolvimento, com saneamento inadequado, e envolvem crianças menores de cinco anos de idade.
- Brasil
Em 2010 no Brasil, 8 a 10% das crianças com menos de um ano de idade e de 15 a 18% dos maiores de 2 anos sofreram com a doença em algum momento de suas vidas. As áreas do interior sem tratamento adequado de água são as mais afetadas.
Doenças bacterianas (A00-A79)
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