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Reynhard Sinaga

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Reynhard Sinaga
Reynhard Sinaga
Nome de nascimento Reynhard Tambos Maruli Tua Sinaga
Data de nascimento 19 de fevereiro de 1983
Local de nascimento Jambi, Indonésia
Religião Cristão
Crime(s) Estupro
Pena Prisão perpétua; pena mínima de 30 anos de prisão
Situação Preso na Inglaterra desde 2020

Reynhard Sinaga (Reynhard Tambos Maruli Tua Sinaga - 19 de fevereiro de 1983, Jambi) é um estuprador em série da Indonésia condenado a prisão perpétua por ter abusado de 48 homens no Reino Unido, sendo considerado o mais prolífico estuprador da história britânica.

No entanto, a polícia acredita que o número de vítimas possa chegar a quase duzentas (200).

O caso repercutiu nos principais veículos de imprensa do Reino Unido, como na BBC, no The Guardian, no Mirror e no The Sun, da Europa, como no El País da Espanha e no Público de Portugal, e também na Indonésia. "Envergonhou os indonésios no exterior", escreveu o The Jakarta Post. Já o El País se referiu a ele como "o 'monstro' milionário que estuprou 48 homens".

Biografia

Sinaga nasceu numa respeitada família de empresários de origem Batak, sendo seu sobrenome Sinaga uma marca do povo de Batak, que vive no norte de Sumatra. Mudou-se para Kendari, Sulawesi Sudeste, em 1986. Em 2007 mudou-se para o Reino Unido como estudante, formando-se em Sociologia pela Manchester University. Em 2012, começou a fazer uma pós-graduação em Geografia Humana na Leeds University.

Vida no crime

Segundo a BBC, ele agiu por vários anos, mas foi apanhado em junho de 2017 quando uma vítima recuperou a consciência enquanto era agredida, lutou contra Sinaga e conseguiu chamar a polícia. A revista Sábado, de Portugal, escreveu: "Sinaga, encontrado inconsciente depois da luta, foi levado para o hospital com ferimentos e uma suspeita de hemorragia no cérebro. O jovem que fora abusado ainda foi questionado pela polícia, suspeito da agressão. No entanto, rapidamente os agentes perceberam que estavam a lidar com um caso sério". "A verdadeira extensão dos crimes de Sinaga provavelmente nunca seria descoberta. A polícia suspeita que ele tenha cometido crimes por um período de 10 anos", escreveu a BBC.

Foi condenado aos 36 anos de idade.

Perfil das vítimas

Atacava homens jovens. Um dos investigadores disse durante o julgamento que o criminoso tinha "um prazer particular em atacar homens heterossexuais".

Segundo o Sábado, "por norma, escolhia jovens de cerca de 20 anos, embriagados, que se tinham perdido dos amigos ou que tinham ficado sem bateria no telefone. Aí, oferecia-lhes um sofá para dormir ou um copo para beber em sua casa".

Modus operandi

Esperava as vítimas saírem de discotecas e bares, na cidade de Manchester, no Reino Unido, atraindo as então até seu apartamento, onde as drogava e atacava, filmando os abusos. Na abordagem, convidava os homens para tomar um drinque ou se oferecia para ajudar a chamar um táxi. "Se apresentava como um bom samaritano", escreveu o El País.

Depois de cometer os crimes, roubava pertences das vítimas, como relógios e telefones, que colecionava como troféus. As cenas de estupro filmadas, uma delas com cerca de oito horas de duração, ficavam gravadas em seu celular.

Atuava em Manchester, no Reino Unido.

Julgamento, pena e prisão

Em quatro julgamentos separados, Sinaga foi considerado culpado de 136 acusações de estupro, oito acusações de tentativa de estupro, 14 acusações de agressão sexual e uma acusação de agressão com penetração, contra um total de 48 vítimas.

Foi condenado a prisão perpétua no dia 6 de janeiro de 2020, com direito a liberdade condicional após cumprir uma pena mínima de 30 anos de prisão, tendo o Ministério Público britânico (CPS, ou Crown Prosecution Service) afirmado que ele era "o estuprador com maior número de casos da história jurídica britânica".

Em sua defesa, Sinaga disse que toda a atividade sexual era consensual e que cada homem havia concordado em ser filmado enquanto fingia estar dormindo. A juíza do caso responde que sua afirmação era "ridícula". "Você é um indivíduo altamente perigoso, ardiloso e traiçoeiro", disse ela também.

Segundo a revista portuguesa Sábado, "Na leitura da sentença, a juíza Suzanne Goddard descreveu Sinaga como um 'perigoso, profundamente perturbado e pervertido indivíduo sem noção da realidade'. A magistrada, que defendeu que o homem nunca deveria ser libertado da prisão, afirmou ter considerado condená-lo a perpétua sem revisão de pena - o que seria o primeiro caso num crime que não um homicídio".


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