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Recalque (psicanálise)

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Recalque ou repressão é um dos conceitos fundamentais da psicanálise, tendo sido desenvolvido por Sigmund Freud. Denota um mecanismo mental de defesa contra ideias que sejam incompatíveis com o eu. Freud dividiu a repressão psicológica em dois tipos: a repressão primária, na qual o inconsciente é constituído; e a repressão secundária, que envolve a rejeição de representações inconscientes. A repressão é o processo psíquico através do qual o sujeito rejeita determinadas representações, ideias, pensamentos, lembranças ou desejos, submergindo-os na negação inconsciente, no esquecimento, bloqueando, assim, os conflitos geradores de angústia.

Diagrama em alemão mostrando o mecanismo psicológico da repressão: a linha vermelha representa a repressão, que bloqueia a "imaginação incompatível" (unvereinbare Vorstellung) e redireciona o eu (sek Bw) para a "ativação da imaginação" (aktivierende Vorstellung)

Segundo Sigmund Freud, os conteúdos refutados, longe de serem destruídos ou esquecidos definitivamente através da repressão psíquica, ao se ligarem à pulsão, mantêm sua efetividade psíquica no inconsciente. O reprimido (ou recalcado) constitui, para Freud, o componente central do inconsciente. "O recalcado se sintomatiza", diz o fundador da psicanálise. Ou seja: pela repressão, os processos inconscientes só se tornam conscientes através de seus derivados - os sonhos ou os sintomas neuróticos. O conceito de repressão psicológica não foi originalmente definido por Freud. No século XIX, já havia sido utilizado por Johann Friedrich Herbart e por Theodor Meynert. Mas foi Sigmund Freud quem conseguiu descrevê-lo como um mecanismo essencial da cisão originária entre o consciente e o inconsciente no aparato psíquico.

Para Freud, a repressão opera porque a satisfação direta da moção pulsional, que se destina a causar prazer, poderia causar desprazer ao entrar em dissonância com as exigências provenientes de outras estruturas psíquicas ou exigências do meio exterior. Em sentido estrito, trata-se do mecanismo típico da neurose histérica, mas, em sentido amplo, é um processo que ocorre em todos os seres humanos, dado que constitui originariamente o inconsciente. O conceito foi adotado por distintas escolas e orientações dentro da psicanálise mas também por outras teorias psicológicas, resultando em definições às vezes muito diferentes entre si. Lacan, por exemplo, nos anos 1950, reinterpretou a teoria da repressão e do deslocamento de Freud usando as categorias linguísticas de metáfora e metonímia. Na medida em que a metáfora envolve a substituição de um termo por um outro que "desliza por baixo do balcão", ela seria, segundo Lacan, o correlato linguístico do mecanismo de repressão ou recalque.

Mecanismo de ação da repressão

No texto Die Verdrängung (originalmente publicado em 1915, também traduzido como "A repressão"), Freud distingue três momentos do recalque:

  • recalque originário (Urverdrängung), que, ao expulsar, da consciência, as primeiras representações intoleráveis associadas à pulsão, marca uma cisão da vida anímica, delimitando as áreas consciente/inconsciente e possibilitando a repressão posterior. A premissa de Freud é a de que toda representação, para poder ser reprimida, precisa ser atraída por essas representações originariamente reprimidas.
  • recalque propriamente dito ou recalque secundário, que desloca, para o inconsciente, e ali mantém, as representações intoleráveis para a consciência, magnetizadas pelo núcleo do inconsciente constituído pela repressão originária.
  • retorno do recalcado (Wiederkehr des Verdrängten), quando o recalcado expressa sua efetividade psíquica, posto que mantém uma tendência a alcançar de algum modo a consciência e a obter algum tipo de satisfação através das formações do inconsciente, como os sonhos, os atos falhos ou os sintomas neuróticos.

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