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Pericardite

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Pericardite
Electrocardiograma de pericardite. Note-se a elevação do segmento ST em vários pontos com depressão do segmento ST ligeiramente recíproca.
Especialidade Cardiologia
Sintomas Dor no peito aguda, que melhora ao levantar e piora ao deitar, febre
Complicações Tamponamento cardíaco, miocardite, pericardite constritiva
Início habitual Geralmente súbito
Duração De alguns dias a semanas
Causas Viroses, tuberculose, pericardite urémica, sequela de um enfarte do miocárdio, cancro, doenças autoimunes, trauma torácico
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, electrocardiograma, líquido em volta do coração
Condições semelhantes Enfarte do miocárdio
Tratamento Anti-inflamatórios não esteroides, colchicina, corticosteroides
Frequência 3 em cada 10 000 por ano
Classificação e recursos externos
CID-11 1296696944
DiseasesDB 9820
MedlinePlus 000182
eMedicine 156951
MeSH D010493
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Pericardite é a inflamação do pericárdio, o invólucro de tecido fibroso que envolve o coração. O sintoma mais comum é dor no peito intensa de aparecimento súbito. A dor pode também ser sentida nos ombros, pescoço ou costas. A dor geralmente é menos forte quando se permanece em pé e mais intensa quando se está deitado ou ao respirar profundamente. Entre outros possíveis sintomas estão febre, fraqueza, palpitações e falta de ar. Em alguns casos os sintomas manifestam-se de forma gradual.

Acredita-se que a causa mais comum de pericardite sejam infeções virais. Entre outras possíveis causas estão infeções bacterianas como a tuberculose, pericardite urémica, sequelas de um enfarte do miocárdio, cancro, doenças autoimunes e trauma torácico. Em muitos casos desconhecem-se as causas exatas. O diagnóstico baseia-se na presença de dor no peito, na auscultação de atrito pericárdico, em determinadas alterações do electrocardiograma e na presença de líquido em volta do coração. Entre outras condições que produzem sintomas semelhantes está o enfarte do miocárdio.

Na maior parte dos casos, o tratamento consiste na administração de anti-inflamatórios não esteroides e possivelmente colchicina. Nos casos em que não são apropriados podem ser administrados corticosteroides. Geralmente os sintomas melhoram ao fim de alguns dias ou semanas, embora em alguns casos possam demorar meses a passar. Entre as possíveis complicações estão o tamponamento cardíaco, miocardite e pericardite constritiva.

A pericardite é uma causa relativamente pouco comum de dor no peito. Em cada ano, a doença afeta cerca de 3 em cada 10 000 pessoas. A doença é mais comum entre homens entre os 20 e os 50 anos de idade. Cerca de 30% das pessoas afetadas manifesta mais de um episódio.

Classificação

A pericardite é ainda classificada de acordo com a composição do exsudado inflamatório: seroso, purulento, fibrinoso, caseoso ou hemorrágico.

A pericardite aguda é mais comum que a pericardite crônica, podendo ocorrer como uma complicação de infecções, doenças imunológicas ou ataque cardíaco.

Sinais e sintomas

Os possíveis sinais e sintomas incluem:

  • Dor torácica que irradia para as pescoço, braços e ombros e é aliviada ao se sentar inclinado para frente.
  • Pode ser uma dor aguda de tipo perfurante, aperto ou queimação.
  • A dor aumenta com a respiração profunda, ao tossir e ao deitar.
  • Quando a causa é uma infecção outros sintomas da pericardite podem incluir tosse seca e febre.
  • Respiração acelerada (taquipneia),
  • Fadiga,
  • Ansiedade,
  • Dificuldade para engolir (disfagia).

A pericardite pode ser erroneamente diagnosticada como um infarto do miocárdio, e vice-versa.

O sinal médico clássico da pericardite é um atrito de fricção pericárdica ouvido abaixo do esterno. Outros sinais incluem elevação-ST e depressão-PR no eletrocardiograma.

Causas

Dentre as diversas possíveis causas estão:

Tratamento

O tratamento da pericardite viral faz-se através da administração de drogas anti-inflamatórias não esteróides. Os casos mais graves podem necessitar de:

Ligações externas


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