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Histerectomia

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Diferença entre histerectomia parcial, total e radical.

Histerectomia é uma operação cirúrgica da área ginecológica que consiste na remoção do útero. A histerectomia é quando se retira o corpo e o colo do útero. Por vezes, esta cirurgia é acompanhada da remoção simultânea dos ovários e trompas (histerectomia total com anexectomia bilateral ou histerectomia radical).

Procedimento cirúrgico

Existem três formas de histerectomia:

  • Histerectomia abdominal - é feita através de uma incisão no abdomen, por onde se retira o útero.
  • Histerectomia vaginal - é feita através de uma operação através da vagina, por onde se retira o útero.
  • Vídeo-laparoscopia - é a histerectomia onde a cirurgia é realizada por pequenos orifícios de 5 a 10 mm no abdome e a retirada do útero é feita pela vagina.

Necessidade da histerectomia

Este procedimento é feito para muitas condições, mas apenas caso não haja outra opção menos invasiva e barata de tratamento. Os motivos mais comuns incluem:

As condições malignas requerem uma histerectomia abdominal total com salpingectomia (retirada de trompas) e ooforectomia (retirada de ovários) de ambos lados.

Efeitos colaterais

O Colégio Norte Americano de Obstetras e Ginecologistas estima que 25 a 50% das pacientes submetidas a uma histerectomia terão uma ou mais complicações, embora de pequeno porte ou reversíveis. Como qualquer outro tipo de cirurgia, a histerectomia tem risco de hemorragia, lesão das áreas próximas, coágulos, infecção, reação alérgica e morte de cerca de 0,1% a 0,6% das pacientes em até 40 dias após a cirurgia.

Riscos específicos incluem:

  • Elimina a possibilidade de engravidar.
  • Lesões ao intestino, à bexiga, ureteres (fino tubo que liga o rim à bexiga, levando a urina).
  • Sangramento vaginal.
  • Dor pélvica crônica.
  • Menopausa precoce.
  • Diminuição do prazer sexual.

O útero também produz uma substância chamada prostaciclina, que é responsável pela inibição da formação de coágulos sanguíneos. Em virtude disto, a remoção do útero pode deixar a mulher mais sujeita a ter tromboses e pode ser um fator de aumento do risco de um infarto.

Se os ovários são retirados, a mulher perde sua fonte do hormônio feminino estrogênio. As mulheres que não podem se submeter a terapia de reposição hormonal, terão uma menopausa instantânea e terão uma chance aumentada de desenvolver osteoporose e infartos cardíacos.

Mesmo entre as pacientes que não tiveram seus ovários retirados, muitas mulheres relatam sintomas como: fadiga, ganho de peso, dores articulares, alterações urinárias e depressão, após uma histerectomia.

Prevalência

Em países desenvolvidos, 85% dos casos não tem complicações, mesmo com 20% a 30% das mulheres de 60 anos já terem passado essa cirurgia. Na maioria das vezes a cirurgia é feita entre os 40 e 60 anos. O número de laparoscopias tem aumentado e o número relativo de histerectomias tem diminuído conforme novos tratamentos para endometriose, leiomioma e prolapso uterino.

Aproximadamente 35% das mulheres após a histerectomia passam por outra cirurgia relacionada dentro de 2 anos. A mortalidade é de 0,1 a 0,6%, sendo maiores os riscos em mulheres com câncer mais tardio e em grávidas.

Cuidados de enfermagem na histerectomia

Útero humano antes da retirada.

Pré-operatório

  • O profissional de enfermagem deve preparar a paciente para a realização de exames físicos e laboratoriais;
  • Ficar atento aos sinais vitais e dar apoio psicológico;
  • Verificar roupa cirúrgica (de acordo com a instituição);
  • Antissepsia da pele, tricotomia, jejum e preparo intestinal.

Intraoperatório

Constitui-se no conjunto de medidas que inicia-se no ato de entrada da paciente no centro cirúrgico, até ao término da cirurgia. Dentre as quais: receber o paciente; punção venosa de grosso calibre, verificar pressão arterial e pulso, realizar cateterismo vesical de demora (sonda de Foley de preferência n° 18), preparar o paciente para anestesia sentando-o; após anestesia, realizar antissepsia.

Pós-operatório imediato

  • Transportar o paciente e mantê-lo em decúbito dorsal;
  • Verificar os sinais vitais de duas em duas horas;
  • Observação constante;
  • Atenção a hemorragias;
  • Apoio emocional ao paciente;
  • Observar nível de consciência;
  • Aquecer o paciente, de acordo com suas necessidades;
  • Instalar balanço hídrico.

Pós-operatório tardio

  • Controlar e anotar parâmetros vitais de acordo com evolução clínica do paciente e/ou prescrição médica;
  • Controle da hidratação venosa;
  • Mudança de decúbito;
  • Prestar higiene;
  • Trocar o curativo de 12 em 12 horas (de acordo com a prescrição do enfermeiro-chefe).
  • Aconselha o paciente a retornar ao hospital em caso de:
    • Febre persistente;
    • Vômitos incessantes;
    • Dor forte no abdome que não passe com a medicação prescrita pelo médico;
    • Secreção fétida na ferida da operação ou vermelhidão, calor ou sangramentos;
    • Grandes sangramentos (maiores do que os da menstruação).

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