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Hiponatremia

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Hiponatremia
Sódio
Especialidade nefrologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E87.1
CID-9 276.1
CID-11 761639036
DiseasesDB 6483
MedlinePlus 000394
eMedicine emerg/275 med/1130 ped/1124
MeSH D007010
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Hiponatremia é um transtorno metabólico causado por um desequilíbrio hidroeletrolítico no organismo que leva a uma concentração anormalmente baixa de sódio no sangue. Trata-se de um distúrbio geralmente assintomático, com sinais e sintomas presentes apenas nos casos graves. Os sintomas incluem letargia, apatia, desorientação, câimbras, anorexia, náuseas, dores de cabeça e agitação. Dentre os sinais clínicos clássicos observados no paciente hiponatrêmico estão anormalidades sensório motoras, reflexos profundos diminuídos, respiração de Cheyne-Stokes, hipotermia, reflexos patológicos, paralisia pseudobulbar, convulsões e coma. Os níveis normais de sódio no soro são de 136-145 mEq/litro (136-145 mmol/L). A hiponatremia é geralmente definida quando os níveis séricos de sódio são inferiores a 136 mEq/L. Sintomas graves normalmente só ocorrem quando os níveis estão abaixo de 125 mEq/L.

O distúrbio é classificado a partir das causas e de acordo com o volume corporal total do paciente. A hiponatremia com contração do volume extracelular ocorre por diarreia, vômitos, sudorese, uso de diuréticos e ingestão excessiva de água. A hiponatremia com volume extracelular normal pode ter como causas o hipotireoidismo, deficiência de corticosteroides, estresse, dor, drogas, síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIHAD) e ingestão diminuída de solutos (abuso de ingestão de cerveja ou de dietas com baixo teor de proteínas e excesso de ingestão de água). A hiponatremia com expansão do volume extracelular pode ocorrer na insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica e insuficiência renal. Pacientes com hiperproteinemia, como nos casos de mieloma múltiplo, hiperlipidemia e hiperglicemia podem apresentar exames de dosagem de sódio falsamente baixos (pseudohiponatremia ou hiponatremia fictícia).

A abordagem terapêutica consiste basicamente em tratar a causa subjacente e pode variar desde a restrição hídrica até a reposição de salina iso ou hipertônica. Nos casos sintomáticos, entretanto, deve-se realizar a reposição salina, independente da causa, especialmente se a hiponatremia ocorreu de maneira muito rápida. É importante que a reposição não exceda 8 a 10 mEq/L em 24 horas, para evitar um aumento muito rápido dos níveis de sódio, que poderia causar uma desmielinização osmótica da ponte, condição potencialmente fatal conhecida como mielinólise central pontina.

A hiponatremia é um dos desequilíbrios hidroeletrólitos mais comuns, afetando cerca de 20% das pessoas admitidas nos hospitais e 10% dos atletas durante ou após um evento esportivo de resistência. Pacientes com hiponatremia adquirida em decorrência da internação hospitalar têm um risco aumentado de morte.

Sintomas

Os sintomas típicos incluem náusea, vômito, cefaleia e mal-estar. Com a progressão da hiponatremia pode haver confusão, reflexos diminuídos, convulsões, estupor e coma.

Causas

A hiponatremia possui diversas causas. Ela é melhor avaliada se for considerada em conjunto com a osmolaridade plasmática e estado do volume do líquido extracelular do paciente.

Tipo Osmolalidade sérica (mOsm/kg) Descrição
Hiponatremia hipotônica < 280 Possui diversas causas. É ainda classificada, de acordo com o estado volêmico do paciente, em hipovolêmica, normovolêmica e hipervolêmica.
Hiponatremia isotônica entre 280 e 295 Algumas condições que interferem em testes laboratoriais da concentração de sódio plasmático (como níveis extremamente altos de lipídios ou proteínas no sangue) podem levar a uma aferição errônea de sódio baixo. Isso é chamado de pseudohiponatremia.
Hiponatremia hipertônica > 295 Pode ser associada com mudanças de fluido devido à pressão osmótica.

Tratamento

O tratamento da hiponatremia depende da causa subjacente. Em situações de hipervolemia (Insuficiência cardíaca e Cirrose), o esteio o tratamento está na restrição hídrica (habitualmente < 800ml/dia). Noutras situações, se a pessoa apresenta sintomas neurológicos leves como esquecimentos e alterações na marcha, a restrição hídrica e suplementação de sal oral (exceto nos casos de Insuficiência cardíaca) costuma ser suficiente. Sintomas neurológicos intermediários, como confusão e letargia, a administração intravenosa de solução salina a 3% pode ser efetiva. Em casos agudos e graves (convulsões) pode ser administrado um bolus de 100ml de solução salina a 3%.

Bibliografia


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