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Hipercaliemia

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Hipercalcemia.
Hipercaliemia
Eletrocardiograma com alterações resultantes de hipercaliemia
Sinónimos Hiperpotassemia
Especialidade Medicina de emergência, nefrologia
Sintomas Nenhuns, palpitações, dores musculares, fraqueza muscular, parestesia
Complicações Parada cardíaca
Causas Insuficiência renal, hipoaldosteronismo, rabdomiólise, alguns medicamentos
Método de diagnóstico Concentração de potássio no sangue > 5,5 mmol/L, eletrocardiograma
Condições semelhantes Pseudohipercaliemia
Tratamento Medicação, dieta pobre em potássio, hemodiálise
Medicação Gluconato de cálcio, dextrose com insulina, salbutamol, bicarbonato de sódio
Frequência ~2% (entre hospitalizados)
Classificação e recursos externos
CID-11 707162903
DiseasesDB 6242
MedlinePlus 001179
eMedicine 766479
MeSH D006947
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Hipercaliemia ou hiperpotassemia é a concentração elevada de potássio (K+) no sangue. Os níveis normais de potássio situam-se entre os 3,5 e 5,0 mmol/L (ou 3,5 e 5,0 mEq/L), definindo-se hipercaliemia como qualquer valor superior a 5,5 mmol/L. Geralmente a hipercaliemia não causa sintomas. Em alguns casos graves pode causar palpitações, dores musculares, fraqueza muscular ou parestesia. A hipercaliemia pode causar arritmias que podem resultar em parada cardíaca e morte.

Entre as causas mais comuns de hipercaliemia estão a insuficiência renal, hipoaldosteronismo e rabdomiólise. Alguns medicamentos podem também elevar os níveis de potássio, entre os quais a espironolactona, anti-inflamatórios não esteroides e inibidores da enzima de conversão da angiotensina. A condição pode ser classificada quanto à gravidade em leve (5,5–5,9 mmol/L), moderada (6,0–6,4 mmol/L) e grave (>6,5 mmol/L). A hipercaliemia pode ser detetada num eletrocardiograma. Deve ser excluída a possibilidade de pseudohipercaliemia causada pela destruição de células durante ou após a colheita de sangue.

Em pessoas com alterações no eletrocardiograma, o tratamento inicial consiste na administração de sais como o Gluconato de cálcio ou o cloreto de cálcio. Entre outros medicamentos administrados para baixar rapidamente os níveis de potássio estão a insulina com dextrose, salbutamol e bicarbonato de sódio. Recomenda-se que seja interrompida a toma de qualquer medicamento que possa agravar a condição e a adoção de uma dieta pobre em potássio. Entre outras medidas para remover o potássio do corpo estão diuréticos como a furosemida e fármacos que se ligam ao potássio como o poliestireno sulfonato e o ciclossilicato de zircónio sódico e hemodiálise. A hemodiálise é o método mais eficaz.

A hipercaliemia é rara em pessoas de outra forma saudáveis. Entre as pessoas hospitalizadas, a frequência varia entre 1% e 2,5%. A condição está associada ao aumento da mortalidade, quer devido à própria hipercaliemia, quer como indicador de outra doença grave, especialmente em pessoas sem doença renal crónica. O termo "hipercaliemia" tem origem no grego ὑπέρ, transl. hupér, hiper- + latim científico kalium, 'potássio' + '-emia', do grego αἷμα, transl. haîma, 'sangue'

Ver também

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