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Fator de crescimento do endotélio vascular

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A sigla VEGF – do inglês Vascular endothelial growth fator – significa FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR e tem uma grande importância para nosso organismo desde a gestação. O mecanismo VEGF promove a ANGIOGENESE (crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de vasos já existentes), processo que além de ser importante durante toda a vida, é necessário para o desenvolvimento do feto.

Esse mecanismo no qual novos vasos se formam depende de vários fatores, como hormônios, proteínas e ações metabólicas dentre outros. Somados, esses elementos resultam no crescimento dos vasos. Na vida adulta, o VEGF atua, por exemplo, na regeneração de músculos e tecidos que por algum motivo foram danificados.

Porém, os estudos sobre VEGF são concentrados nas doenças cancerígenas. Foi identificado que os tumores crescem de forma acelerada e desordenada por meio do mecanismo VEGF que, ao promover o crescimento de novos vasos, ajuda na proliferação do câncer.

Importante salientar que o VEGF é um dos índices melhorados pelo exercício físico praticado por mais de seis meses, melhorando assim as conexões neurais responsáveis pela cognição, humor e controle emocional.

O VEGF é um potente e seletivo fator mitogênico para o endotélio, produzindo uma rápida e completa resposta angiogênica, um aumento da permeabilidade capilar (Boudreau e Myers, 2003; Jobim et al., 2008). Ele é responsável pelos estímulos necessários à proliferação das células do endotélio vascular, bem como pelas migrações destas para formação de tubos capilares que darão origem a vasos de maior calibre de acordo com a necessidade de estímulos (Nicosia, 1998). Existem outras moléculas participantes na regulação positiva da angiogênese além do VEGF, entre elas fator ácido de crescimento de fibroblastos (aFGF), FGF básico, fator de crescimento transformante alfa (TGF-α), TGF-β, fator de crescimento de hepatócitos (HGF), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), angiogenina, interleucinas 8 (IL-8) e as angiopoitinas (Ang-1 e Ang-2), fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), VEGF derivado da glândula endócrina (EG-VEGF), leptina, prostaglandinas (Yancopoulos et al., 2000).

Sabe-se que o VEGF pertence a uma família de glicoproteínas diméricas que inclui VEGF-A, VEGF-B, VEGF-C, VEGF-D, VEGF-E, VEGF-F e fator de crescimento de placenta (PIGF; Senger et al., 1983; Veikkolaet al., 2000; Shibuya, 2001; Dvorak, 2002; Yamazaki et al., 2005). Esses fatores compartilham uma estrutura comum de oito resíduos de cisteína no domínio de homologia do VEGF. Destes, o VEGF-A, ou apenas VEGF, é o fator mais bem estudado e compreendido (Roy et al., 2006).

A sinalização para o início da angiogênese ocorre por meio da ligação do VEGF a receptores específicos de atividade tirosina quinase, presentes na superfície das células endoteliais e em células derivadas da medula óssea. Esses receptores são denominados: VEGFR-1, VEGFR-2, VEGFR-3 (Veikkola et al., 2000). A ativação do VEGF ocorre por vários estímulos, como a hipóxia ou isquemia, baixo pH, citocinas, fatores de crescimento, tamanho do tumor, oncogenes ativados, entre outros (Graça et al., 2004). Em situações de baixa tensão de oxigênio, há um aumento da quantidade de óxido nítrico circulante e, por conseguinte, ocorre uma vasodilatação periférica e bloqueio da degradação dos fatores induto


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