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Fasceíte necrotizante

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Fasceíte necrotizante
Fasceíte necrotizante na perna, com vermelhidão e áreas extensas com tecidos mortos
Sinónimos Fasceíte necrosante, fasciíte necrotizante, fasciíte necrosante, infeção dos tecidos moles necrotizante gangrena estreptocócica hemolítica, úlcera de Meleney, gangrena dérmica aguda, gangrena hospitalar, fasciíte supurativa, celulite necrosante sinergística
Especialidade Infectologia
Sintomas Dor muito intensa, febre, pele de tom púrpura na área afetada
Início habitual Súbito, alastra-se com rapidez
Causas Diversos tipos de bactérias, em alguns casos fungos
Fatores de risco Imunodeficiência como a que resulta de diabetes ou cancro, obesidade, alcoolismo, consumo de drogas injetáveis, doença vascular periférica
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, exames imagiológicos
Condições semelhantes Celulite, piomitose, gangrena gasosa
Prevenção Tratar ferimentos, lavagem das mãos
Tratamento Cirurgia para remoção dos tecidos infetados, antibióticos injetáveis
Prognóstico Mortalidade ~30%
Frequência 0,7 em cada 100 000/ano
Classificação e recursos externos
CID-10 M72.6
CID-9 728.86
CID-11 522973276
OMIM 607395
DiseasesDB 31119
MedlinePlus 001443
eMedicine emerg/332 derm/743
MeSH D019115
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Fasceíte necrotizante é uma infeção que causa a morte dos tecidos moles do corpo. É uma doença grave de aparecimento súbito que se espalha rapidamente. Os sintomas mais comuns são pele de tom vermelho ou púrpura na área afetada, dor muito intensa, febre e vómitos. A maior parte dos casos afeta as pernas (50%), os braços (29%) e o períneo. A fasceíte necrotizante é um tipo de gangrena.

Geralmente a doença não é contagiosa. A maior parte dos casos são causados por Streptococcus beta-hemolíticos. Entre outras possíveis causas estão as bactérias Staphylococcus aureus, Vibrio vulnificus, Clostridium perfringens, Bacteroides fragilis e Aeromonas hydrophila. Geralmente a infeção é adquirida por perfurações na superfície da pele, como num corte ou queimadura. Em 55% a 88% dos casos estão envolvidos mais de um tipo de bactérias. Em cerca de um terço dos casos está envolvida a Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM). A confirmação do diagnóstico pode ser auxiliada por exames imagiológicos. As bactérias penetram nas camadas profundas da pele, espalhando-se rapidamente pelas fáscias superficiais e tecido subcutâneo. Entre os fatores de risco estão a deficiência imunitária causada por condições como diabetes ou cancro, a obesidade, o alcoolismo, o consumo de drogas injetáveis e a doença vascular periférica. Entre as doenças que causam sintomas semelhantes estão a celulite, piomitose e gangrena gasosa

Entre as medidas de prevenção estão a limpeza das feridas com bactericida, a utilização de pensos limpos e a lavagem frequente das mãos. O tratamento geralmente consiste em cirurgia para remoção dos tecidos infetados e na administração de antibióticos por via intravenosa. Em muitos casos é usada uma associação de antibióticos, como a penicilina G, clindamicina, vancomicina e gentamicina. As toxinas bacterianas dificultam o acesso dos antibióticos nas partes afetadas podendo exigir amputações. Eventuais atrasos na cirurgia estão associados a um muito maior risco de morte. Mesmo com tratamento de elevada qualidade, o risco de morte é de 25% a 35%.

A fasceíte necrotizante afeta de 0,4 a 1,0 pessoa em cada 100 000 por ano. A doença afeta ambos os sexos em igual proporção. É rara em crianças, sendo mais comum entre idosos com doenças crónicas. A doença tem sido descrita desde pelo menos a época de Hipócrates no século V. A primeira utilização do termo "fasceíte necrotizante" para descrever a doença data de 1952.

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