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Etoposido
Etoposido Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | 4'-demethyl-epipodophyllotoxin 9-[4,6-O-(R)-ethylidene-beta-D-glucopyranoside], 4' -(dihydrogen phosphate) |
Identificadores | |
Número CAS | 33419-42-0 |
PubChem | 36462 |
DrugBank | APRD00239 |
ChemSpider | 4447613 |
Código ATC | L01CB01 |
Propriedades | |
Fórmula química | C29H32O13 |
Massa molar | 588.49 g mol-1 |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | Altamente variável, de 25 a 75% |
Via(s) de administração | Oral, intravenosa |
Metabolismo | Hepático (CYP3A4 envolvido) |
Meia-vida biológica | Oral: 6 h., IV: 6-12 h., IV em crianças: 3 h. |
Ligação plasmática | 97% |
Excreção | Renal e fecal |
Classificação legal | |
Riscos na gravidez e lactação |
D(AU) D (EUA) |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Fosfato de etoposido, etoposida ou etoposídeo (último conforme DCB ) é usado para retardar tumores. É um inibidor da enzima topoisomerase II.
Uso medicinal
É usado como forma de quimioterapia para doenças malignas como o sarcoma de Ewing, câncer de pulmão, câncer testicular, linfoma, leucemia não-linfocítica e glioblastoma multiforme. É geralmente administrado em combinação com outros medicamentos (como a Bleomicina, no tratamento de câncer de testículo). Também é usado às vezes em um regime preparatório antes de um transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH).
Administração
O fármaco é administrado, tanto por via intravenosa (IV), como oralmente através de capsulas ou comprimidos. Caso o fármaco seja aplicado por IV, o procedimento deve ser feito de forma lenta, durante 30 a 60 minutos, visto que o composto é capaz de reduzir a pressão sanguínea enquanto administrado. Durante a infusão, a pressão sanguínea deve ser monitorada e a velocidade da aplicação, ajustada de acordo.
Efeitos colaterais
Efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento com Etoposido são:
- redução da pressão sanguínea;
- perda de cabelo;
- dor e queimação na região do acesso venoso;
- constipação e diarréia;
- gosto metálico na boca;
- e supressão da medula óssea, acarretando em:
- redução na contagem de leucócitos (maior susceptibilidade a infecções);
- redução na contagem de hemácias (desenvolvimento de quadro anêmico);
- redução na contagem de plaquetas (maior facilidade na formação de hematomas e maior tempo de coagulação).
Os efeitos menos comuns são:
- náusea e vômito;
- reações alérgicas;
- irritação na pele;
- febre;
- feridas na boca;
- leucemia mieloide aguda (tratada com o próprio etoposido).
Quando administrado concomitantemente à varfarina, pode causar sangramentos.
Farmacologia
Mecanismo de ação
O etoposido forma um complexo ternário com o DNA e a enzima topoisomerase II, a qual auxilia no relaxamento do DNA superenrolado (positivo ou negativo). A topoisomerase II normalmente quebra as ligações em um mesmo ponto das duas fitas do DNA, permitindo que outra dupla-hélice passe pela abertura, reduzindo a tensão e torção da molécula. Uma vez atravessada a dupla-fita, a enzima restaura as ligações rompidas. A ligação com o etoposido, no entanto, impede que a enzima seja capaz de religar as fitas do DNA, fazendo com que a ruptura criada permaneça aberta e impedindo que a topoisomerase II saia do local e atue em outra região. Dessa forma, a atuação do fármaco resulta em quebras na dupla-fita de DNA (podendo ocasionar diversos efeitos deletérios na célula) e no esgotamento de topoisomerase II disponível no organismo.
Células cancerígenas possuem maior dependência sobre a topoisomerase II do que células saudáveis, já que se aquelas se dividem muito mais rapidamente do que estas. Assim, há a ocorrência de mais erros na síntese de DNA, promovendo a apoptose da célula cancerígena.
Química
O etoposido é um semissintético derivado da podofilotoxina, extraída a partir do rizoma da mandrágora-americana (Podophyllum peltatum). Mais especificamente, é um glicosídeo formado por podofilotoxina e um derivado da D-glicose. É um composto similar ao teniposido (ou teniposídeo), sendo distinguíveis apenas por um grupo metila, substituído no teniposídeo por um grupo tienil. Ambos os compostos foram desenvolvidos com o objetivo de criar derivados menos tóxicos da podofilotoxina.
A substância é um pó cristalino, entre o branco e um amarelo-amarronzado. É solúvel em solventes orgânicos.
Geralmente, é utilizado em sua forma salina, o fosfato de etoposido.
Identificadores |
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