Мы используем файлы cookie.
Продолжая использовать сайт, вы даете свое согласие на работу с этими файлами.
Esquizoanálise

Esquizoanálise

Подписчиков: 0, рейтинг: 0

A esquizoanálise é um campo de práticas e saberes inaugurado pela obra conjunta do filósofo Gilles Deleuze com o psicanalista Félix Guattari e foi formulada pela primeira vez no livro O Anti-Édipo. Esta obra inaugural consiste em uma crítica contundente à concepção psicanalítica do desejo que, segundo os dois autores, estaria atrelada à falta e à castração. A crítica da esquizoanálise, assim, emerge como um questionamento ativo de duas linhas gerais de reflexão que estariam por se esgotar, a primeira seria a vertente estruturalista que, fixando-se no âmbito do simbólico, estaria promovendo o despotismo do significante, e a segunda seria a forma de pensamento ancorada na representação e na identidade, da qual se deveria libertar estabelecendo a primazia ontológica da diferença.

A esquizoanálise consiste, assim, em um campo pós-estrutural que articula conhecimentos de diversas disciplinas, como a Pragmática Universal, Filosofia da Diferença, Micropolítica, Estratoanálise, Nomadologia, Utopia Ativa e Pop Análise. A crítica esquizoanalítica à representação e à identidade possui íntima relação com a pragmática, no sentido em que a preocupação do pensamento se desloca de uma ontologia dedicada a pensar uma suposta essência das coisas para os questionamentos sobre os seus processos de diferenciação, ou seja, grosso modo, dedica-se a pensar o funcionamento, mais do que a identidade. Estes fluxos de diferenciação, por sua vez, podem ser de diversos tipos: semióticos, linguísticos, corpóreos, assignificantes, etc, de onde advém as frequentes articulações entre os diversos campos do saber. A esquizoanálise, assim, apesar das suas diversas articulações, não deve ser erroneamente conceituada como um campo meramente poético ou mesmo ideológico, dado que o primado da sua teoria é a de, agenciada ao mundo, produzir efeitos.

A crítica esquizoanalítica à psicanálise se pauta profundamente em um debate entre materialismo e idealismo, compreendendo a psicanálise como um campo centrado nos conceitos de falta e de transcendência, opondo a ele os conceitos de excesso e de imanência. Parte importante dessas críticas, assim, referem-se à concepção freudiana de inconsicente, segundo os autores, representacional e teatral, a que se deveria opor uma concepção produtiva, marcada por fluxos e intensidades. Neste sentido, estabelece-se uma crítica ao excesso de importância dado pela psicanálise da época ao Complexo de Édipo, e o lugar das teorias triangulares de subjetivação centradas na família é exposto, sendo proposto em seu lugar um processo histórico-mundial. A tentativa de inauguração de uma psicologia materialista por parte dos autores traz consigo, assim, a ideia de máquina no lugar do teatro e um campo histórico, econômico e desejante que investe o campo social sem, necessariamente, uma mediação familiar ou familista. Atualmente, a esquizoanálise tem-se difundido como campo autônomo à psicanálise, influenciando áreas tão diversas quanto a psicologia, a atropologia, o teatro e a literatura muito embora existam importantes aproximações entre ela e a psicanálise contemporânea, em parte por conta de novas leituras das obras tardias do psicanalista francês Jaques Lacan.

Assumindo positivamente os questionamentos à psicanálise, a clínica da perspectiva esquizoanalítica é um processo de análise dos modos de subjetivação de sujeitos e grupos em suas relações com as instituições e com o mundo. Uma clínica construtivista que tensiona as explorações sociais e afetivas operando na ordem das micropolíticas, desconstruindo modelos de representação e ativando as potências revolucionárias do desejo. Essa clínica das diferenças contribui para a prática terapêutica com seus dispositivos de problematizações frente a discursos e saberes/fazeres. Para esta abordagem o sujeito deve estar além de seus diagnósticos que, por vezes, podem impedi-lo de usufruir plenamente de suas potências, pois os cristalizam a identidades pouco maleáveis. Ainda possibilita olhares e ações mais da ordem da experimentação do que da interpretação, fundamentada em outros modos de singularização. Desse modo, a esquizoanálise também fornece ferramentas conceituais que podem ser acionadas por todos profissionais da saúde, teóricos em geral e psicólogos de diversas áreas, em uma concepção que visa a ética nas relações e deseja construir novos processos terapêuticos.

Conceituação

A cada momento, o ser humano é controlado por forças que se disputam suas intensidades na imanência biopolítica, as quais promovem encontros que ora cristalizam o sujeito nos seus valores e enunciados.

Desenvolvida por Gilles Deleuze e Felix Guattari, a Esquizoanálise é uma concepção da realidade em todas suas superfícies, processos e entes, e também nas suas individuações inventivas como acontecimentos-devires. Para esta concepção, a produção, o registro e o desejo revolucionários são imanentes e produtores de toda a realidade. Consiste em uma leitura da realidade, tanto natural, quanto social, subjetiva e industrial-tecnológica.

Esquizodrama

Baseado na Esquizoanálise de G. Deleuze e F. Guattari, assim como em filosóficas e artísticas de diversos autores, especialmente de Antonin Artaud, o Esquizodrama foi criado por Gregorio F. Baremblitt e colaboradores já faz quarenta anos, de acordo com um paradigma político-estético. Trata-se de um procedimento que pode ser utilizado em organizações, estabelecimentos e grupos, com finalidades terapêuticas, pedagógicas e organizativas, consubstanciadas em um propósito inventivo.

Patologização psicanalítica

A esquizoanálise é antes um conjunto de filosofias que uma prática clínica, sua intenção é romper com as barreiras da estrutura linguística dos saberes instituídos em troca de saberes ramificados ao qual Deleuze e Guattari chamam de rizoma, termo extraído da botânica. Daí que a esquizoanálise tem lugar somente em modelos de estudos que pretendam romper com o diagnóstico médico que através da patologização formam o modos operandi do fazer da medicina e psicologia clínica, "enquadrando" o sujeito em categorias básicas que o impedem de trocar informações com outros territórios e o cristalizam em uma subjetividade natural que não o pertence.



Новое сообщение