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Efeitos da poluição sonora na saúde
Introdução
Os efeitos da poluição sonora na saúde têm sido amplamente discutidos, uma vez que podem acarretar danos à saúde em geral, especialmente a saúde auditiva. A exposição a sons muito elevados afeta não só o bem-estar do cidadão, como também causa danos à sua saúde física e mental, mesmo que ele não perceba isso ou acredite não ser afetado. Estudos feitos na última década alertam para o fato de que a exposição contínua ao ruído está deixando de ser percebida de forma consciente ou incômoda. Porém, apesar de não perceptível, os danos causados na saúde auditiva continuam existindo.
Um importante desafio dos grandes centros é o controle da poluição sonora, agravado principalmente pelo aumento do número de veículos e crescimento das cidades e industrias próximas as áreas urbanas.
Inúmeros são os prejuízos que a poluição sonora pode provocar, dependendo de fatores como: a intensidade, a duração e apresentação do som; a suscetibilidade de cada pessoa; a combinação entre o ruído e agentes ototóxicos (medicamentos, produtos químicos ou outras substâncias), ruído e vibração, entre outros . Os efeitos do excesso de ruído podem ter aspecto fisiológico, como perda da audição, ou até mesmo psicológico, como alterações do sono e estresse nervoso. Por isso, para fins didáticos, esses efeitos são divididos em: efeitos auditivos e não-auditivos.
Definição
O ruído é um fenômeno físico, composto por diferentes frequências que não formam um padrão acústico. Assim, é considerado um sinal complexo, não periódico, sem uma frequência fundamental fixa, de comportamento imprevisível e, portanto, difícil de caracterizar com exatidão.
Poluição sonora é a emissão de ruídos desagradáveis que, ultrapassados os limites toleráveis para o conforto humano e níveis legais, principalmente de maneira contínua, pode causar prejuízo à saúde humana, interferindo no equilíbrio do organismo humano, ou ao bem estar da comunidade. Essa poluição também pode ser vista como o conjunto de todos os ruídos, em determinado ambiente, manifestados ao mesmo tempo, independente de suas fontes sonoras serem as mesmas ou não.
As características determinantes da exposição ao ruído são sua natureza (natural, artificial, endógeno ou exógeno), intensidade (em deciBel - dB) e o tempo de exposição, sendo estes dois últimos os mais importantes para a mensurar a exposição ao ruído. Além disso, é considerado a terceira maior causa de poluição do mundo, estando atrás somente da poluição do ar e da água.
Efeitos
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AUDITIVOS:
- Mudança temporária do limiar auditivo: é caracterizada como a piora dos limiares auditivos após algumas horas de exposição a elevados níveis de pressão sonora. Essa piora momentânea é revertida após algumas horas de repouso auditivo;
- Perda auditiva: conhecida como PAIR (perda auditiva induzida por ruído) ou PAINPSE (perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevado), é um dano predominantemente coclear e irreversível, que pode comprometer a inteligibilidade da fala e na comunicação, de modo geral. Além disso, o indivíduo portador desta perda apresenta muito desconforto para sons de forte intensidade, fenômeno esse conhecido como recrutamento;
- Trauma acústico: ocorre a partir de uma exposição única e rápida a elevados níveis de pressão sonora, que causam danos auditivos permanentes (orelha interna), e/ou zumbido.
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Zumbido: é uma sensação espontânea de toque ou som na ausência de fonte sonora que, pode ser uni ou bilateral e se localizar tanto nas orelhas quanto na cabeça.
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NÃO-AUDITIVOS:
- Alterações do aparelho circulatório, digestivo ou muscular;
- Metabólicas: sono, sistema nervoso;
- Distúrbios do equilíbrio;
- Dores de cabeça;
- Problemas psicológicos;
- Mudanças de humor;
- Ansiedade;
- Irritabilidade;
- Queda no rendimento de trabalho e estudo devido à dificuldade de concentração;
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NÃO-AUDITIVOS:
O barulho é interpretado pelo organismo como prenúncio de perigo, o que causa liberação das reservas de energia para uma possível defesa contra esse perigo. O esgotamento desse estoque de energia traz diversos problemas, como o cansaço, irritabilidade, ansiedade, insônia, falha de memória, falta de concentração e até doenças respiratórias, digestivas e mentais.
Além disso, o ruído também está relacionado à elevação da pressão arterial, aumento do estresse, diminuição da produtividade dos trabalhadores e redução do desempenho dos estudantes. O aumento do estresse causado pela exposição ao ruído por tempo prolongado pode resultar em problemas cardiovasculares como o infarto do miocárdio e o agravamento de doenças crônicas, como a angina.
Prevenção
Uma das alternativas para prevenir a perda auditiva induzida por ruído enquanto o indivíduo está exposto a ruído é o protetor auricular. Eles reduzem (não eliminam) o nível de ruído que entra no ouvido e podem proteger contra outros efeitos da exposição ao ruído, como zumbido e hiperacusia. A higiene e o cuidado adequados podem reduzir as chances de infecções na orelha externa.
Esses dispositivos foram projetados para ser usado sobre o pavilhão auricular ou introduzido no meato acústico externo. Existe uma variedade de tipos de protetores auriculares. Alguns possuem uma tecnologia diferenciada, reduzindo o som que atinge o tímpano por meio de uma combinação de componentes eletrônicos e estruturais, sendo geralmente personalizados. Microfones, circuitos e receptores eletrônicos realizam uma redução de ruído ativa, também conhecida como cancelamento de ruído, na qual é apresentado um sinal que está fora de fase a 180 graus do ruído, o que em teoria cancela o mesmo.
Outra medida que pode ajudar o indivíduo a evitar alguns dos problemas de saúde causados pela poluição sonora é o abafamento do ruído por outro ruído, só que constante, como o barulho de chuva ou o estático da televisão (chamado de ruído branco). Um ruído de fundo, mesmo em volume baixo, pode ajudar a mascarar os barulhos vindos da rua ou de uma casa vizinha.
Regulamentação
As regulamentações sobre ruído ambiental geralmente especificam um nível máximo de ruído externo de 60 a 65 dB, enquanto as organizações de segurança ocupacional recomendam que a exposição máxima a ruído seja de 85 dB para uma jornada de trabalho de 8 horas. Para cada 5 dB adicional, é reduzida pela metade o tempo máximo de exposição permitido, ou seja, em uma exposição de 90 dB é reduzido pela metade o tempo de exposição, ou seja, 4 horas.
Com a intenção de reduzir e evitar a PAIR, foram criados muitos programas e iniciativas, como o programa Buy Quiet, que incentiva os empregadores a comprarem ferramentas e equipamentos mais silenciosos, e o Safe-In-Sound Award, que reconhece organizações que desenvolvem estratégias de prevenção de perdas bem-sucedidas.