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Dosulepina
Dosulepina Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | (3E)-3-(6H-benzo[c][1]benzothiepin-11-ylidene)-N,N-dimethylpropan-1-amine |
Outros nomes | Dotiepina, IZ-914, KS-1596 |
Identificadores | |
Número CAS | 113-53-1 |
PubChem | 5284550 |
DrugBank | DB09167 |
KEGG | D07872 |
ChEBI | 36803 |
Código ATC | N06AA16 |
SMILES |
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InChI |
1S/C19H21NS/c1-20(2)13-7-11-17-16-9-4-3-8-15(16)14-21-19-12-6-5-10-18(17)19/h3-6,8-12H,7,13-14H2,1-2H3/b17-11+
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Propriedades | |
Fórmula química | C19H21NS |
Massa molar | 295.44 g mol-1 |
Farmacologia | |
Biodisponibilidade | 30% |
Via(s) de administração | Oral |
Metabolismo | Hepático (N-desmetilação, oxidação, glucuronidação) |
Meia-vida biológica | Dotiepina: 14.4–23.9 horas Sulfóxido de dotiepina: 22.7–25.5 horas Nordiaden: 34.7–45.7 horas Sulfóxido de nordiaden: 24.2–33.5 horas |
Ligação plasmática | 84% |
Excreção |
Urina: 56% Fezes: 15% |
Riscos na gravidez e lactação |
?(AU) |
Compostos relacionados | |
Compostos relacionados | Nordiaden, sulfóxido de nordiaden, conjugados de glucuronida |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Dosulepina, também conhecida como dotiepina, é um antidepressivo tricíclico (ADT) utilizado no tratamento da depressão. A dosulepina já foi o antidepressivo mais prescrito no Reino Unido, mas não é mais usado amplamente devido à sua toxicidade relativamente alta em termos de risco de overdose sem vantagens terapêuticas relevantes quando comparada a outros antidepressivos tricíclicos. Ela atua como um inibidor de recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN) e, além disso, interage com outros neurotransmissores, produzindo efeitos anti-histamínicos, antiadrenérgicos, antisserotonérgicos, anticolinérgicos e também atua como bloqueador os canais de sódio.
Usos médicos
A dosulepina é usada no tratamento do transtorno depressivo maior. Há evidências da eficácia da dosulepina no tratamento de dor psicogênica facial, embora o tratamento possa se estender por até um ano.
Contraindicações
As contraindicações incluem:
- Epilepsia, pois pode diminuir o limiar de convulsão
- Os ADTs não devem ser usados concomitantemente ou dentro de 14 dias junto a inibidores da monoamina oxidase (IMAO), devido ao risco de síndrome da serotonina
- Pacientes em fase de recuperação aguda após infarto do miocárdio, pois a dosulepina pode desencadear defeitos de condução cardíaca e/ou arritmias
- Insuficiência hepática
- Hipersensibilidade à dosulepina
Efeitos colaterais
Efeitos adversos comuns:
- Sonolência
- Sintomas extrapiramidais
- Tremor
- Desorientação
- Tontura
- Parestesia
- Alterações nos padrões de ECG
- Boca seca
- Suor
- Retenção urinária
- Hipotensão
- Hipotensão postural
- Taquicardia
- Palpitações
- Arritmias
- Defeitos de condução
- Aumento ou diminuição da libido
- Náusea
- Vômito
- Constipação
- Visão embaçada
Efeitos adversos menos comuns:
- Distúrbios de concentração
- Delírios
- Alucinações
- Ansiedade
- Fadiga
- Dores de cabeça
- Inquietação
- Excitação
- Insônia
- Hipomania
- Pesadelos
- Neuropatia periférica
- Ataxia
- Íleo paralítico
- Hipertensão
- Bloqueio cardíaco
- Infarto do miocárdio
- Ginecomastia (inchaço do tecido mamário em homens)
- Edema testicular
- Impotência
- Aflição epigástrica
- Cólicas abdominais
- Inchaços de parótida
- Diarreia
- Estomatite (inchaço da boca)
- Língua negra pilosa
- Alterações no paladar
- Icterícia colestática
- Função hepática anormal
- Hepatite (inchaço do fígado)
- Erupção cutânea
- Fotossensibilidade
- Bolhas na pele
- Edema angioneurotico
- Perda de peso
- Frequência urinária
- Midríase
- Ganho de peso
- Hiponatremia (baixo teor de sódio no sangue)
- Distúrbios do movimento
- Dispepsia (indigestão)
- Aumento da pressão intraocular
- Mudanças nos níveis de açúcar no sangue
- Trombocitopenia (um número anormalmente baixo de plaquetas no sangue. Isso o torna mais suscetível a sangramentos)
- Eosinofilia (um número anormalmente alto de eosinófilos no sangue)
- Agranulocitose (um número perigosamente baixo de glóbulos brancos no sangue, deixando um aberto a infecções potencialmente fatais)
- Galactorreia (lactação não associada à amamentação e lactação)
Intoxicação e overdose
Os sintomas e tratamento da intoxicação por dosulepina são semelhantes aos de outros antidepressivos tricíclicos. No entanto, a dosulepina possui maior toxicidade em risco de overdose se comparada com outros ADTs. O início dos efeitos tóxicos ocorre em 4 a 6 horas após a ingestão da dosulepina. A fim de minimizar o risco de intoxicação e overdose, é aconselhável um acompanhamento médico regular.
Interações medicamentosas
A dosulepina potencializa os efeitos do álcool, e há registro de, pelo menos, uma morte ter sido provocada por essa essa combinação. Ainda, os ADTs potencializam os efeitos sedativos dos barbitúricos, benzodiazepínicos e outros depressores do sistema nervoso central (SNC). A guanetidina e outros fármacos anti-hipertensivo, que inibem os receptores adrenérgicos, podem ter seus efeitos bloqueados pela ação da dosulepina. Os simpaticomiméticos podem potencializar os efeitos simpatomiméticos da dosulepina. Devido aos efeitos anticolinérgicos e anti-histamínicos da dosulepina, a combinação com outros medicamentos anticolinérgicos e anti-histamínicos pode potencializar os efeitos e, portanto, essas combinações devem ser evitadas. Os efeitos hipotensores posturais da dosulepina podem ser potencializados quando usada em combinação com diuréticos . Os anticonvulsivantes também podem ter ação reduzida pela dosulepina, pois esta diminui o limiar convulsivo.
Farmacologia
Farmacodinâmica
Sítio de ligação | DSP | NTD | Espécies | Ref |
---|---|---|---|---|
SERT | 8,6-78 | 192 | Humano/rato | |
NET | 46-70 | 25 | Humano/rato | |
DAT | 5,310 | 2,539 | Humano/rato | |
5-HT1A | 4.004 | 2.623 | Rato | |
5-HT2A | 152 | 141 | Rato | |
α1 | 419 | 950 | Rato | |
α2 | 2.400 | ND | Humano | |
H1 | 3,6–4 | 25 | Humano/rato | |
mACh | 25-26 | 110 | Humano/rato | |
M1 | 18 | SD | Humano | |
H2 | 109 | SD | Humano | |
M3 | 38 | ND | Humano | |
M4 | 61 | ND | Humano | |
M5 | 92 | SD | Humano | |
Os valores são Ki (nM). Quanto menor o valor, mais fortemente a droga se liga ao sítio receptor. |
A dosulepina é um antagonista do receptor de serotonina (SERT) e do transportador da noradrenalina (NET), agindo, portanto, como um ISRSN. Também atua como antagonista do receptor de histamina H1, receptor adrenérgico alfa 1, receptores 5-HT2, receptores muscarínicos (mACh), bem como também age como bloqueador dos canais de sódio dependentes de voltagem (VGSCs). Pensa-se que os efeitos antidepressivos da dosulepina se devem à inibição da recaptação da noradrenalina e, possivelmente, também da serotonina.
A dosulepina tem três metabólitos, nordiaden (desmetildosulepina), sulfóxido de dosulepina e sulfóxido de nordiaden, que têm meia-vida biológica mais longa do que a própria dosulepina. No entanto, enquanto o nordiaden tem uma atividade semelhante à dosulepina, com potência similir, mas os dois metabólitos sulfóxidos têm atividade muito reduzida. Os metabólitos sulfóxidos foram descritos como praticamente inativos e é improvável que possuam ação relevante nos efeitos terapêuticos ou efeitos colaterais da dosulepina.
Em comparação à dosulepina, o nordiaden tem atividade reduzida como inibidor da recaptação da serotonina, anti-histamínico e anticolinérgico e maior potência como Inibidor de recaptação de noradrenalina, de forma semelhante a outros ADTs de amina secundária. Ao contrário dos metabólitos sulfóxidos, acredita-se que o nordiaden desempenhe um papel importante nos efeitos terapêuticos da dosulepina.
Farmacocinética
A dosulepina é absorvida rapidamente no intestino delgado e metabolizada extensivamente na primeira passagem pelo fígado, transformando-se em seu principal metabólito ativo, o nordiaden. As concentrações plasmáticas máximas entre 30,4 e 279 n /mL (103-944 nmol/L) são atingidas em 2–3 horas após a administração oral. É encontrado no leite materno, atravessa a placenta e a barreira hematoencefálica . Possui alta ligação às proteínas plasmáticas (84%) e meia-vida biológica de aproximadamente 51 horas.