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Desordens do espectro alcoólico fetal
Desordens do espectro alcoólico fetal | |
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Bebê com síndrome alcoólica fetal | |
Especialidade | genética médica, neurologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | Q86.0 |
CID-9 | 760.71 |
DiseasesDB | 32957 |
MedlinePlus | 000911 |
eMedicine | ped/767 |
MeSH | D005310 |
Leia o aviso médico |
As desordens do espectro alcoólico fetal são um grupo de condições que podem ocorrer numa pessoa cuja mãe tenha consumido álcool durante a gravidez. Entre os problemas que ocorrem estão anomalias estruturais, comportamentais e neurocognitivas, déficit intelectual e de crescimento, baixo peso ao nascer, microcefalia e perda de audição ou visão. Indivíduos afetados tem geralmente maior propensão a dificuldades de aprendizado e experiências escolares problemáticas, conflitos com a lei, comportamento sexual inadequado e problemas com o álcool ou outras drogas. O mais grave destes distúrbios denomina-se síndrome alcoólica fetal. Entre outros tipos estão a síndrome alcoólica fetal parcial, encefalopatia alcoólica e as desordens neurocomportamentais da exposição ao álcool.
Levantamentos feitos nos Estados Unidos detectaram que cerca de 10% das mulheres grávidas consomem álcool no último mês de gestação e que 20% a 30% consumiram em algum momento da gravidez. Cerca de 4,7% das gestantes norte-americanas são alcoólatras. O risco de complicações depende da quantidade de álcool consumida, a frequência de consumo e em que momento da gestação ele ocorre. Outros fatores de risco podem incluir idade avançada, tabagismo e má alimentação. O consumo de pequenas doses de álcool neste período também é deletério e, embora não cause anomalias faciais, pode causar problemas de comportamento, pois a substância atravessa a barreira hematoencefálica e afeta direta e indiretamente o desenvolvimento do feto. O diagnóstico é baseado em sinais e sintomas.
A condição dos indivíduos afetados é permanente, mas o tratamento de suporte pode melhorar os sintomas, visando promover melhor adaptação do sujeito ao seu meio, levando em conta suas dificuldades específicas, prevenção e abordagem de consequências relacionadas ao quadro. Terapia medicamentosa também pode ser utilizada em casos específicos.
Estima-se que as desordens do espectro alcoólico fetal afetem entre 2% e 5% de pessoas nos Estados Unidos (0,2 a 9 afetados por 1000 nascidos vivos) e na Europa Ocidental. Na África do Sul, algumas populações chegam a ter taxas de prevalência de até 9%. O termo "síndrome alcoólica fetal" foi utilizado pela primeira vez em 1973.
Bibliografia
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