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Desnutrição proteico-calórica

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Desnutrição proteico-calórica
A desnutrição está frequentemente associada a guerras, epidemias, desastres climáticos e crises econômicas.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E40-E44
CID-9 260-263
eMedicine derm/797
MeSH D011502
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Desnutrição proteico-calórica ou Desnutrição proteico-energética é uma forma de desnutrição caracterizada pelo consumo insuficiente de calorias ou proteínas. Entre os tipos desta doença inclui-se o kwashiorkor (onde é predominante a desnutrição proteica), o marasmo (insuficiência no consumo de calorias) e o kwashiorkor marasmático (insuficiência tanto de proteínas como de calorias). A desnutrição proteico-calórica é relativamente comum à escala mundial, principalmente em crianças, pacientes hospitalizados e idosos, e anualmente é responsável por seis milhões de mortes.

Causas

Além de alimentação insuficiente ou inadequada, a desnutrição pode ser secundária a outras condições como:

Sinais e sintomas

Em maiores de 5 anos os sintomas são:

  • Perda de massa muscular,
  • Perda de gordura subcutânea,
  • Batimento cardíaco lento (bradicardia),
  • Respiração alterada (dispneia),
  • Dificuldade para manter a temperatura corporal,
  • Cicatrização lenta,
  • Anemias,
  • Cansaço constante,
  • Cabelo seco, frágil e esparso,
  • Pele seca, fria e áspera,
  • Vulnerabilidade a infecções,
  • Irritabilidade ou apatia.

Em crianças se somam outros signos:

  • Menor desenvolvimento cognitivo;
  • Menor crescimento;
  • Alteração do metabolismo da gordura (dislipidemia).

Epidemiologia

Mortes por desnutrição proteico-calórica por milhão de habitantes em 2012

A desnutrição proteico-calórica afeta principalmente crianças, doentes crônicos e idosos em países subdesenvolvidos. A maioria dos casos de desnutrição ocorrem no Sudeste asiático e África subsahariana.

Em países industrializados pode ser resultado de dietas da moda para perda rápida de peso, da ignorância sobre as necessidades dietéticas das crianças, grávidas e lactantes ou por alergia a alimentos, especialmente intolerância a lactose ou doença celíaca.

Tratamento

Dieta líquida ou pastosa é melhor tolerada que sólidos. Crianças podem necessitar de hidratação intravenosa durante 24 horas antes de iniciar a alimentação para evitar o agravamento da diarreia. Em casos graves, pode ser necessário o uso de um tubo de alimentação ou a administração parenteral total administrada por via intravenosa. A re-hidratação deve ser lenta e constante, para evitar colocar demasiada carga sobre o coração e evitar anormalidades hidro-eletrolíticas que causam a irregularidades na frequência cardíacas, edema e fraqueza muscular.


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