Descolamento prematuro da placenta
| Descolamento prematuro da placenta | |
|---|---|
| Ilustração das hemorragias internas e externas por placenta abrupta | |
| Sinónimos | Placenta abrupta |
| Especialidade | Obstetrícia |
| Sintomas | Hemorragia vaginal, dor na parte inferior do abdómen, pressão arterial perigosamente baixa |
| Complicações |
Mãe: coagulação intravascular disseminada, insuficiência renal Bebé: baixo peso à nascença, parto prematuro, natimorto |
| Início habitual | 24–26 semanas de gravidez |
| Causas | Não são claras |
| Fatores de risco | Fumar, pré-eclampsia, antecedentes de placenta abruta |
| Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, ecografia |
| Condições semelhantes | Placenta prévia, corioamnionite |
| Tratamento | Repouso no leito, parto |
| Medicação | Corticosteroides |
| Frequência | ~0.7% das gravidezes |
| Classificação e recursos externos | |
| CID-10 | O20.0 |
| CID-9 | 640.03, 640.0, 641.20 |
| DiseasesDB | 40 |
| MedlinePlus | 000901 |
| eMedicine | 252810, 795514 |
| MeSH | D000037 |
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Descolamento prematuro da placenta ou placenta abrupta é o descolamento da placenta da parede do útero antes do momento do parto. A condição é mais frequente por volta das 25 semanas de gravidez. Os sintomas mais comuns são hemorragia vaginal, dor na parte inferior do abdómen e pressão arterial perigosamente baixa. Entre as possíveis complicações para a mãe estão a coagulação intravascular disseminada e insuficiência renal. Entre as possíveis complicações para o bebé estão o sofrimento fetal, baixo peso à nascença, parto prematuro ou morte à nascença.
As causas do descolamento prematuro da placenta ainda não são inteiramente claras. Entre os fatores de risco estão fumar, pré-eclampsia, antecedentes de placenta abrupta, trauma físico durante a gravidez, consumo de cocaína e antecedentes de cesariana. O diagnóstico tem por base os sintomas e pode ser apoiado por ecografia. A condição é classificada como complicação da gravidez.
Para os casos menos graves é recomendado repouso no leito. Para os casos de maior gravidade ou para aqueles que ocorrem perto da data prevista de parto, pode ser recomendado o parto. Em situações estáveis pode ser tentado um parto vaginal, enquanto para outras situações é recomendada a realização de uma cesariana. Em gravidezes com menos de 36 semanas de gestação podem ser administrados corticosteroides para acelerar o desenvolvimento dos pulmões do bebé. O tratamento pode ainda necessitar de transfusões de sangue ou de uma histerectomia de emergência.
O descolamento prematuro da placenta ocorre em 1 entre cada 200 gravidezes. A par da placenta prévia e da ruptura uterina, é uma das causas mais comuns de hemorragias vaginais no último trimestre de gravidez. A condição é a causa de cerca de 15% das mortes fetais por volta do nascimento. A descrição mais antiga da condição que se conhece data de 1664.
| Gravidez que termina em aborto |
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Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos |
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| Outros, predominantemente relacionados à gravidez |
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| Assistência por motivos ligados ao feto e ao saco amniótico e por possíveis problemas relativos ao parto |
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| Complicações do trabalho de parto e do parto |
Parto pré-termo · Parto pós-termo · Desproporção cefalopélvica · Distocia (Distocia de ombro) · Sofrimento fetal · Vasa praevia · Ruptura do útero · Hemorragia obstétrica · placenta (Placenta acreta, placenta increta, placenta percreta) · Prolapso do cordão umbilical · Embolia amniótica · Circular cervical
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| Complicações maternas nas semanas seguintes ao nascimento |
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| Complicações fetais | |
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