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Deficiência auditiva unilateral
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Deficiência auditiva unilateral

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A Deficiência auditiva unilateral, ou Surdez unilateral é um tipo de deficiência auditiva onde existe audição normal em um ouvido e a diminuição da audição no ouvido oposto.

Sintomas

Pacientes com surdez unilateral tem dificuldade em:

  • Escutar conversações no lado deficiente
  • Alterações de fala e de linguagem
  • Compreender falas na presença de ruído de fundo ou reverberação
  • Dificuldades interpessoais e nas relações sociais e emocionais, resultantes das dificuldades de comunicação
  • Localização da origem dos sons
  • A capacidade de segregação figura/fundo auditiva é severamente afetada

Em condições ideais de silêncio, a compreensão da fala não é pior do que a de uma pessoa com audição normal; entretanto, em um ambiente relativamente ruidoso a compreensão da fala é severamente afetada de acordo com o grau de perda auditiva do ouvido afetado.

Causas

Causas conhecidas incluem trauma físico, neuroma acústico, labirintite, microtia, meningite, Hidropsia coclear, Síndrome de Waardenburg, caxumba (Parotidite infecciosa), mastoidite.

Prevalência

Um estudo de crianças em idade escolar em 1998 reportou que 6 a 12 crianças em cada 1000 tinham alguma forma de perda unilateral e 0 a 5 tinham perda moderada a profunda. Foi estimado que em 1998 aproximadamente 391.000 crianças em idade escolar nos Estados Unidos tinha perda unilateral.

Surdez unilateral

A perda auditiva unilateral profunda, surdez unilateral, ou também conhecida pela sigla em inglês SSD (single-sided deafness) é um tipo específico de perda auditiva unilateral na qual um ouvido não possui qualquer habilidade auditiva funcional (perda de 91 dB ou superior). Portadores de perda auditiva unilateral profunda perdem a capacidade de audição estéreo, sendo portanto capazes de ouvir somente em monoaural (mono).

A SSD torna a capacidade de compreensão da fala extremamente dificultada na menor presença de ruído e/ou reverberação. Com fala e ruído de fundo presentes no mesmo nível, portadores de SSD foram capazes de compreender apenas em torno de 30 a 35% de uma conversação. Portadores dessa deficiência necessitam fazer muito mais esforço para comunicar-se com os outros. Quando o paciente pode ouvir com apenas um ouvido, e existe um número muito limitado de possibilidades para compensar a mesma (p.e., mudar a posição de escuta), discussões em grupo e situações dinâmicas de escuta tornam-se muito difíceis, senão impossibilitadas. Indivíduos portadores de perda auditiva unilateral profunda são geralmente percebidos como socialmente estranhos devido às suas constantes tentativas de maximizar sua escuta resultarem em uma linguagem corporal socialmente única, e à maneirismos.

A SSD também afeta negativamente a percepção auditiva de modo à tornar impossível para o paciente determinar a direção, distância e movimento de fontes de som, o que resulta em maiores riscos de atropelamento ou de acidentes em situações que necessitem sua percepção sonora do movimento. Em uma avaliação com um questionário contendo aspectos relacionados à fala, percepção espacial e escala de qualidade de escuta (SSQ), a SSD foi diagnosticada como tendo maior impacto debilitante do que a perda auditiva de grau severo em ambos os ouvidos.

Devido aos sintomas semelhantes, a SSD é frequentemente confundida com a desordem de processamento sensorial, pois pode similarmente levar à processamento incorreto de informação auditiva durante as comunicações interpessoais.

A SSD é conhecida por causar, entre outros:

  • Irritabilidade
  • Aversão ao som: qualquer presença de ruído, por mínima que seja
  • Linguagem corporal ou maneirismos que parecem socialmente estranhos ou não usuais, como olhar fixamente para a boca dos outros ou virar a cabeça frequentemente
  • Dores de cabeça frequentes, stress, estafa mental devido à maior necessidade de concentração constante para obter inteligibilidade do som
  • Dificuldades crônicas de comunicação interpessoal devido à inabilidade de isolar sons e vozes vindos de outros indivíduos
  • Isolamento social
  • Aparência de ansiedade mesmo em situação com ruído baixo
  • Dificuldade de localizar a origem dos sons. Por exemplo, não é possível localizar alguém que a esteja chamando, um celular tocando, ou praticar vários tipos de esporte cuja dinâmica de movimentação seja rápida e dependa de localização espacial dos elementos do jogo.
  • Tontura leve, que varia de intensidade de acordo com as condições físicas do indivíduo
  • Dificuldade de prestar atenção ao que está sendo dito: comportamento "evasivo" e "distante"
  • Dores no pescoço, devido à necessidade frequente de virar a cabeça em ângulos mais extremos do que o usual, no esforço para localizar a origem dos sons
  • Incorretamente diagnosticada como TDAH
  • Aparente falta de percepção do humor e espaço pessoal dos que estão à sua volta, devido ao cérebro estar hiper-focado em decifrar informação auditiva, em prejuízo à percepção da linguagem social não-verbal
  • Perda da percepção de profundidade do som: qualquer ruído de fundo (na sala, no automóvel) é plano e interpretado incorretamente pelo cérebro. O efeito é similar ao que ocorre quando se tenta ouvir alguém falando em uma multidão barulhenta através de uma TV mono. O efeito é também similar à falar com alguém ao telefone quando se está em um ambiente barulhento (vide: sindrome de King-Kopetzky)
  • Consequente perda da capacidade do cérebro de filtrar ruídos inconscientemente ou ouvir seletivamente somente a parte importante do ruído no meio ambiente (vide: Efeito festa de coquetel)
  • Consequente dificuldades na projeção da voz. Dependendo das condições de ruído, poderá falar alto demais, baixo demais, reforçar demais a entonação (soando agressivo), ou atenuar demais e parecer monotônico e frio, passando involuntariamente mensagens sociais incorretas às pessoas com quem se relaciona.
  • Para as perdas neuro-sensoriais, a falta de sinal vindo do aparato sensorial danificado pode causar "sons fantasmas", ou tinnitus, uma vez que o cérebro tenta interpretar a agora ausente informação sensorial. A freqüência e o volume deste ruído pode aumentar de acordo com as condições físicas da pessoa (stress, fatiga, etc). Esse ruído interno adicional pode agravar problemas de interação social e incrementar a dificuldade de compreensão da fala.

Tratamento

O aprendizado do sistema nervoso central por "plasticidade", ou a maturação biológica com o passar do tempo não são capazes de melhorar o desempenho da audição monoaural. Em adição aos métodos convencionais para melhoria do desempenho no ouvido afetado, existem métodos especificamente adaptados para a perda unilateral que possuem efetividade bastante limitada devido à incapacidade de restituir a audição estereofônica e à tendencia de sobrecarregarem o ouvido funcional:

  • Aparelhos auditivos do tipo CROS (Contralateral Routing of Signals) captam o som a partir do lado do ouvido com pior audição e transmitem para o ouvido com melhor audição. Existem diversos tipo de aparelhos auditivos do tipo CROS:
    • Aparelhos CROS convencionais são compostos por um microfone colocado próximo ao ouvido deficiente e um amplificador (aparelho auditivo) próximo ao ouvido normal. As duas unidades são conectadas seja por um fio, ou por conexão wireless.
    • CIC CROS transcranial é composto por um aparelho auditivo de condução óssea inserido completamente no canal auditivo. Um dispositivo de condução aérea de alta potência é encaixado profundamente no ouvido do paciente. A vibração das paredes ósseas do canal auditivo e ouvido médio estimula a audição normal por meios de condução óssea pelo crânio
    • Aparelhos CROS do tipo BAHA (Bone Anchored Hearing Aid): um pino de suporte é implantado cirurgicamente e transmite o som do lado do ouvido surdo através de via óssea para estimular a cóclea do ouvido oposto que tenha audição normal.
    • SoundBite Intraoral: transmite o som através dos dentes. Um componente lembra o aparelho auditivo convencional (atrás da orelha) que conecta-se via wireless a um segundo componente colocado na boca, que lembra um aparelho de correção dental.

Na Alemanha e Canadá, o implante coclear tem sido utilizado com grande efetividade no tratamento da SSD, recuperando boa parte da audição estereofônica e minimizando os impactos da perda e a qualidade de vida do paciente.

Evolução

Até 2012 haviam apenas estudos de pequena escala comparando os sistemas CROSS.

Um estudo do sistema BAHA mostrou benefício dependendo da atenuação transcranial do paciente. Outro estudo mostrou que a localização espacial e a percepção da fala sob ruído não melhoraram, mas o efeito da sombra da cabeça foi reduzido.

Outras dificuldades auditivas

Crianças em idade escolar com perda auditiva unilateral tendem a ter notas piores e requerer assistência educacional. Este não é o caso de todas, entretanto. Mas os portadores podem ser percebidos como tendo dificuldades comportamentais.

Quando utilizados fones de ouvido estéreo, pessoas com perda auditiva unilateral serão capazes de ouvir apenas um canal, portanto a informação posicional (volume e tempo entre os canais) é perdida. Alguns instrumentos podem ser ouvidos com mais ênfase que outros se estiverem mixados predominantemente em um canal e, em casos extremos de produção musical (como separação estéreo total ou stereo-switching), apenas parte da composição pode ser ouvida; em jogos e filme que utilizem efeitos sonoros 3D, o som parecerá embaralhado e será interpretado incorretamente. A audição de video-conferências também é bastante dificultada, especialmente aquelas com transmissão em estéreo. Vários destes aspectos podem ser contornados selecionando-se a opção de som monoaural existente em alguns aparelhos, ou através do uso de adaptadores estéreo-para-mono externos, entretanto alguma qualidade do som é perdida. Por exemplo, se houver um pequeno atraso no som entre os dois canais, eles serão mixados de estéreo para mono causando ruído reverberativo ao invés da profundidade percebida por alguém com audição estéreo normal.

Ver também

Links externos

Bibliografia: TRIGUEIRO, Charles de Sousa. Discriminação por graus de deficiência: as súmulas do STJ para visão monocular e surdez unilateral. 1 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.


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