Catatonia
| Catatonia | |
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| Geralmente é um sintoma de transtornos do humor graves, de psicoses ou de doenças neurológicas. | |
| Especialidade | psiquiatria, psicomotricidade | 
| Classificação e recursos externos | |
| CID-10 | F20.2 F06.1 | 
| CID-9 | 295.2 | 
| CID-11 | 486722075 | 
| MeSH | D002389 | 
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A Catatonia é uma perturbação do comportamento motor que pode ter tanto uma causa psicológica ou neurológica. A sua forma mais conhecida envolve uma posição rígida e imóvel que pode durar horas, dias ou semanas. Mas também pode se referir a agitação motora sem propósito mesmo sem estímulos ambientais. Uma forma menos extrema de catatonia envolve atividade motora muito lenta.
Classificação
A catatonia é dividida em:
- Esquizofrenia catatônica: Estupor ou agitação com perda de contato com a realidade, algumas posições parecem desconfortáveis e ao mover a pessoa ela pode permanecer na mesma posição por horas. Pode envolver também episódios de violência, alta sugestionabilidade e/ou alucinações vívidas.
 - Depressão catatônica: Apatia severa, pessimismo, imobilidade ou lentidão, mutismo seletivo (dificuldade de se expressar em situações específicas) e anedonia (perda da capacidade de sentir prazer);
 - Catatonia por outras causas médicas : falta de satisfação no dia a dia, rotina repetitiva e sem descanso, prolongamento ativo e afetivo.
 
Causas
Diversas condições médicas podem causar catatonia, especialmente condições neurológicas e psiquiátricas:
- Esquizofrenia;
 - Depressão;
 - Câncer cerebral;
 - Traumatismo craniano;
 - Derrame cerebral;
 - Encefalite;
 - Hipercalcemia;
 - Encefalopatia hepática;
 - Homocistinúria;
 - Cetoacidose diabética.
 
O amobarbital, benzodiazepínicos ou ECT podem ser usado para diferenciar causas mais orgânicas de causas mais psiquiátricas. Testes psicológicos e neurológicos devem ser usados durante a administração dos medicamentos para testar a melhora ou piora do paciente.
Sintomas
É uma síndrome complexa consistindo, sobretudo, de:
- Sintomas negativos (perda de capacidades que a pessoa possuía previamente);
 - Estupor prolongado ou atividade motora excessiva;
 - Mutismo seletivo;
 - Maneirismos (movimentos voluntários peculiares);
 - Ecolalia (repetição de sons);
 - Ecopraxia (imitação dos movimentos de outra pessoa);
 - Sugestionabilidade;
 
A evolução da catatonia traz uma crescente deficiência intelectual ao paciente e a atividade motora excessiva aparentemente não possui um objetivo nem é influenciada por estímulos externos. A questão poder alguém influenciar como um agente causador.
Dois dos principais sintomas da catatonia são a sugestibilidade e o negativismo do indivíduo. No primeiro caso, há exagerada tendência do doente a submeter-se às sugestões externas, especialmente as fúteis e sem conseqüências benéficas. No segundo caso, verifica-se uma teimosa oposição à execução do que se pede ao doente que faça, chegando ao ponto de realizar exatamente o inverso daquilo que lhe é indicado.
A contração de determinados grupos de músculos, provoca atitudes estereotipadas, mesmo sem cessação dos movimentos voluntários conhecidos como estereotipia.
Diagnóstico diferencial
Não deve ser confundido com:
- Catalepsia patológica
 - Cataplexia/Narcolepsia
 - Distonia Aguda Induzida por neuroléptico
 - Delirium
 - Demências (como Alzheimer)
 - Letargia
 - Coma
 - Transtorno factício
 
Epidemiologia
Dentre os pacientes diagnosticados com sintomas catatônicos 77% possuem distúrbios afetivos e apenas 7% possuem esquizofrenia.
Tratamento
Inicialmente começa-se com tratamento sintomático. Em casos de agitação motora benzodiazepínicos em altas doses podem melhorar o quadro em meia hora. Lorazepam é um dos tratamentos de primeira linha. Antipsicóticos podem ser usados, mas com cautela pelo risco de causar hipotensão e síndrome neuroléptica maligna que agravam ainda mais o caso.
Antidepressivos pode ser usado para reduzir sintomas depressivos e carbonato de lítio para reduzir sintomas maniacos e depressivos.
O topiramato, por produzir antagonismo glutamato através da modulação dos receptores de AMPA, pode ser útil quando excesso de glutamato for identificado.
História
Acredita-se que, nesses casos, o doente poderia ser enterrado ainda em vida. Isso já não ocorre pois atualmente há uma série de exames que são feitos antes de declarar o óbito do indivíduo.