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Amputação
Amputação é a remoção de uma extremidade do corpo mediante cirurgia ou acidente. Na medicina, é usada para controlar a dor ou a doença no membro afetado, como no câncer e na gangrena. Durante a história foi amplamente usada como punição por crimes. Muitas culturas e religiões, ainda fazem amputações ou mutilações em crianças durante seus rituais.
Os cientistas encontram vestígios no início de 2020, ao escavar o chão de uma caverna em Bornéu, evidências de uma amputação cirúrgica de 31.000 anos sem ferramentas cirúrgicas, antibióticos ou analgésicos.
Tipos
-
perna:
- amputação dos dedos
- amputação parcial do pé
- desarticulação do tornozelo
- amputação abaixo do joelho
- amputação na base do joelho
- amputação acima do joelho
- desarticulação da coxa
-
braço:
- amputação dos dedos
- amputação do antebraço
- amputação do punho
- desarticulação do cotovelo
- amputação acima do cotovelo
- desarticulação do ombro
- Faciais:
- de uma orelha (auriculectomia)
- do nariz (rinotomia)
- de um olho (enucleação)
- da língua (glossectomia)
- Peitoral:
- amputação das mamas (mastectomia).
- Órgãos genitais:
- amputação dos testículos (castração).
- amputação do pênis (penectomia).
- amputação do prepúcio (circuncisão).
- amputação do clitóris (clitoridectomia).
Amputação traumática
Amputação traumática é a retirada acidental de parte do corpo, que pode ser um dedo, um braço ou uma perna.
Neste tipo de acidente, comum em fábricas, fazendas e em acidentes de automóveis, existem várias complicações decorrentes, tais como choque, sangramento, infecções, e outras complicações psicológicas decorrentes.
Quando um membro é amputado parcialmente, podem ainda existir partes de tecido mole para uma eventual reparação. Com o avanço da medicina, os amputados podem, a longo prazo, recuperar-se significativamente, mediante novos modelos de próteses, técnicas reparadoras e avanços nos cuidados emergenciais.
Critérios
A escala MESS (do inglês Mangled Extremity Severity Score) ou ESEM (Escala de severidade da extremidade mutilada) é um instrumento desenvolvido para auxiliar o cirurgião na decisão entre amputar e preservar o membro gravemente lesado. Leva em conta cinco critérios e recomenda-se a amputação se a pontuação é 7 ou maior:
- Idade do paciente:
- Menos de 30: +0
- Entre 30 e 50: +1
- Mais de 50: +2
- Isquemia do membro:
- Pulso reduzido ou com perfusão normal: + 1
- Sem pulso, parestesias, recarga capilar lenta: + 2
- Frio, paralisia, insensível / insensível: + 3
- Shock:
- PAS> 90 mmHg consistentemente: 0
- Hipotensão transitória: + 1
- Hipotensão persistente: + 2
- Característica da lesão:
- Baixa energia (esfaqueamento, tiro de pequeno calibre, fratura simples): +1
- Moderada energia (luxação, fraturas abertas ou múltiplas): +2
- Alta energia (alta velocidade, explosão ou tiro de grande calibre): +3
- Muito alta energia (trauma de alta velocidade com grande contaminação ou soterramento): +4
- Tempo: Após 6h a pontuação dobra
Método
O primeiro passo é ligar as artérias e veias para prevenir a hemorragia. Os músculos são retirados e finalmente o osso é serrado. A pele e os músculos da região amputada são então rearranjados, ocasionalmente com a inserção de elementos que facilitam a colocação de uma prótese.
Complicações
Alguns amputados experimentam o fenômeno do membro fantasma; eles sentem como se o membro ainda estivesse ali, experimentando inclusive dores e sensações anormais. Os cientistas acreditam que tem a ver com uma espécie de mapa neural que o cérebro tem do corpo, que manda informação ao restante do cérebro sobre a falta de conhecimento do membro sobre sua existência.
Em muitos casos, o membro fantasma ajuda na adaptação da prótese, ao permitir que a pessoa experimente a propriocepção do membro protetizado.