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Perda auditiva

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Perda auditiva
Símbolo internacional para a surdez e perda auditiva
Sinónimos Surdez; anacusia é a surdez total
Especialidade Otorrinolaringologia, audiologia
Complicações Solidão
Tipos Condutiva, neurossensorial, mista
Causas Genética, envelhecimento, exposição ao ruído, algumas infeções, complicações do parto, trauma no ouvido, alguns medicamentos ou toxinas
Prevenção Vacinação, cuidados de saúde na gravidez, evitar ruído intenso, evitar alguns medicamentos
Tratamento Aparelho auditivo, língua gestual, implante coclear, legendas
Frequência 1,33 mil milhões / 18,5% (2015)
Classificação e recursos externos
CID-10 H90H91
CID-9 389
DiseasesDB 19942
MedlinePlus 003044
eMedicine article/994159
MeSH D034381
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Perda auditiva é a incapacidade parcial ou total de ouvir sons. A perda auditiva pode ser temporária ou permanente. Uma pessoa surda é incapaz de ouvir ou ouve com dificuldade. A perda audtiva pode ocorrer em apenas um ou em ambos os ouvidos. Durante a infância, a perda auditiva pode afetar a capacidade de aprendizagem da língua e causar dificuldades no trabalho em adulto. Em algumas pessoas, principalmente idosos, a perda auditiva pode estar associada a solidão.

A perda auditiva pode ser causada por uma série de fatores, entre os quais o envelhecimento (nesse caso a perda é também chamada de presbiacusia), exposição ao ruído, algumas infeções, complicações do nascimento, trauma no ouvido e alguns medicamentos ou toxinas. Uma das causas mais comuns são as infeções crónicas do ouvido. Algumas infeções durante a gravidez, como a rubéola, podem também causar a condição. A perda auditiva é diagnosticada quando um exame auditivo confirma que a pessoa é incapaz de ouvir 25 decibéis em pelo menos um dos ouvidos. Os exames auditivos são recomendados para todos os recém-nascidos. A condição pode ser classificada em leve, moderada, severa e profunda. Existem três tipos principais de perda auditiva: condutiva, neurossensorial e mista.

A perda auditiva pode ser evitada. Entre as medidas de prevenção estão a vacinação, cuidados de saúde adequados durante a gravidez, evitar a exposição a ruídos intensos e evitar o consumo de determinados medicamentos. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os jovens limitem a audição de reprodutores de média portáteis a uma hora por dia de forma a diminuir a exposição ao ruído. O diagnóstico precoce e o apoio são importantes durante a infância. Para muitas pessoas com a condição, os aparelhos auditivos, a linguagem gestual, os implantes cocleares, as legendas e a leitura labial são medidas eficazes que ajudam a contornar as dificuldades. No entanto, o acesso a aparelhos auditivos é difícil em muitas partes do mundo.

Em 2013, cerca de 1,1 mil milhões de pessoas em todo o mundo eram afetadas por um qualquer grau de perda auditiva. A condição causa incapacidade auditiva em cerca de 5% das pessoas afetadas (360 a 580 milhões de pessoas), de entre as quais 124 milhões apresentam incapacidade moderada a grave. Entre as pessoas com incapacidade moderada a grave, 108 milhões vivem em países de rendimento baixo a moderado. As pessoas que usam linguagem gestual e estão integradas na cultura dos surdos vêem-se a si próprias como sendo simplesmente diferentes, e não como tendo uma doença. Muitos membros desta comunidade opõem-se a tentativas de curar a surdez e levantam objeções aos implantes cochlear, uma vez que essas medidas têm o potencial de eliminar a sua cultura. O termo "deficiência auditiva" é muitas vezes visto de forma negativa, uma vez que salienta aquilo que as pessoas não conseguem fazer.

Ponto de vista médico

Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis do ligeiro ao profundo. É também classificada de deficiência auditiva, ou hipoacúsia.

Quanto ao tipo perda auditiva, existem três tipos:

  • Condutiva: Ocorre problemas nas estruturas de orelha e/ou média, os quais dificultam a transmissão do som para a orelha interna. Em geral, são perdas de grau leve ou moderado e com intervenção adequada pode haver a restituição total da função auditiva.
  • Neurossensorial: Surge quando há problemas relacionados à orelha interna, mais especificamente nas células sensoriais da cóclea. As células ciliadas são muito delicadas e, quando elas se danificam, não são substituídas pelo organismo. Sem essas células sensoriais, o som não pode ser processado e tem-se, então, uma perda do tipo neurossensorial. Normalmente, esse tipo de perda é irreversível, tornando necessário a utilização de aparelho auditivo.
  • Mista: Em alguns casos ocorrem de haver problemas simultaneamente na  orelhas externa e/ou média e orelha interna, sendo classificado como uma perda do tipo misto.


Quanto ao grau de perda auditiva:

Existem mais de um tipo de classificação de perda auditiva quanto ao grau, e o profissional fonoaudiólogo pode optar por fazer o uso de qualquer classificação desde que ela seja reconhecida e validada cientificamente.

Uma das classificações mais utilizadas é a que consta no material intitulado “Basic Ear and Hearing Care Resource” publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

Graus de perda auditiva Média entre as frequências de 500Hz, 1kHz, 2kHz e 4kHz Desempenho
Audição normal <20 dB Nenhum problema em ouvir sons.
Leve 20 < 35 dB Não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.
Moderado 35 < 50 dB Pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o indivíduo fale.
Moderadamente severo 50 < 65 dB Consegue ouvir se falarem com a voz mais alta sem dificuldade, porém apresenta dificuldade em participar de conversar, principalmente em locais com muito ruído.
Severo 65 < 80 dB Interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.
Profundo 80 < 95 dB Sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irão ocorrer.
Perda auditiva completa/ surdo >95 dB Não consegue escutar nenhuma conversa e a maioria dos sons ambientais

Ponto de vista educacional

Deste ponto de vista, surdez refere-se à incapacidade ou dificuldade da criança aprender a linguagem, por via auditiva. A criança surda pode aprender a falar, ainda que haja dificuldades.

A partir da Lei 10436, o governo brasileiro reconhece a LIBRAS, como língua, e os surdos têm o direito de, nas instituições educacionais, as aulas sejam ministradas em LIBRAS, ou, pelo menos com a presença de um interprete de língua de sinais.

Também em Portugal, o decreto-lei 3/2008 regulamentou a educação especial, em particular, o direito da criança surda crescer bilingue. Em Portugal a LGP (Língua Gestual Portuguesa) foi reconhecida em 1997.

Ponto de vista cultural

Em termos culturais, surdez é descrita como diferença linguística e identidade cultural, a qual é partilhada entre indivíduos surdos.

A surdez é o paradigma da cultura surda, a base sobre a qual se constrói a estrutura e forma da cultura surda, cujo principal elemento espelhador é a Língua de Sinais, o idioma natural dos surdos. Portanto, sem surdez não há cultura surda.

Cognição e envelhecimento

A perda auditiva, que é uma consequência do processo natural do envelhecimento, afeta aproximadamente um terço dos idosos com idade entre 61 a 70 anos e mais de 80% daqueles com mais de 85 anos, configurando-se assim como um dos distúrbios de saúde mais comumente encontrado nessa população.

A presbiacusia, que é a perda auditiva decorrente do envelhecimento, é um dos fatores que justifica uma das queixas mais comumente relatadas pelos idosos que refere-se a dificuldade de compreensão de fala principalmente em ambientes ruidosos. Considerada um transtorno complexo e multifatorial, pode sofrer influência de fatores ambientais (ruído, drogas ototóxicas, aterosclerose, diabetes, hipertensão arterial) e genéticos (suscetibilidade genética).

Esta perda auditiva associada ao envelhecimento é descrita como uma perda auditiva sensorioneural, com o grau podendo variar de leve a profundo tanto nas frequências baixas (sons graves) quanto nas frequências altas (sons agudos), apresenta início gradual e progressivo, de forma simétrica, descendente e bilateral para sons em frequências altas (3 a 8kHz), muitas vezes acompanhada por dificuldades no reconhecimento de fala. Os resultados audiométricos apresentam uma configuração descendente e achados audiológicos descritos na literatura mostram a prevalência das curvas timpanométricas do tipo A, cuja configuração representa normalidade de orelha média.

A perda auditiva relacionada a idade pode influenciar na reorganização neural por meio do recrutamento de outros sistemas sensoriais na tentativa de regular o processamento neural deficitário da informação auditiva objetivando assim uma boa comunicação na presença da perda auditiva. Esse processamento compensatório pode gerar um esforço cognitivo adicional, o que poderia levar a um efeito em cascata que afetaria a percepção, compreensão e memória do que foi ouvido mesmo em perdas auditivas leves.

A partir do exposto, é importante chamarmos a atenção para o fator preditor que envolve a relação entre a perda auditiva e o declínio cognitivo em idosos uma vez que o risco de declínio cognitivo é aproximadamente duas vezes maior quando a perda auditiva está presente, podendo preceder em até 10 anos, o seu início. Considerada como um possível biomarcador pode oferecer uma via para modificação dos resultados clínicos.

Apontada como um risco reversível, modificável, no que se refere ao declínio cognitivo e ao desenvolvimento da demência na população idosa, a perda auditiva deve ser diagnosticada o mais precocemente possível, uma vez que tal processo é pré requisito para que intervenções adequadas sejam feitas e assim o curso das alterações cognitivas e da demência sejam minimizados ou até mesmo evitados.

A presbiacusia é um dos transtornos de saúde mais frequentes relatados por idosos e compromete aspectos biopsicossociais na vida do indivíduo, causando dificuldades de comunicação, podendo desencadear o isolamento social, baixa autoestima, sintomas depressivos e maior risco de declínio cognitivo, e, assim, causando grande impacto na qualidade de vida do idoso e de sua família. Esse transtorno acontece por meio de processos neuro-degenerativos que afetam as células receptoras cocleares e os circuitos cerebrais envolvidos na percepção auditiva, acarretando na redução da sensibilidade auditiva e compreensão da fala em ambientes ruidosos.

A reabilitação auditiva mais comum, nesses casos, é a adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI), uma vez que estudos comprovam a melhora na capacidade auditiva e cognitiva por meio deles. Porém, em alguns casos, o indivíduo com perda de audição severa ou profunda não possui benefícios com o uso do AASI, sendo indicado o uso de próteses auditivas implantadas, principalmente o implante coclear (IC).

Presbiacusia e música

A percepção e escuta musical dependem do funcionamento normal do sistema auditivo central e periférico, mesmo idosos sem perda auditiva costumam apresentar uma alteração na percepção musical de altura e temporal. Outros estudos também correlacionam a diminuição e alterações perceptivas e acústicas relacionadas à idade em idosos sem perda auditiva.

Ver também


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