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Pancreatite

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Pancreatite
Pâncreas e órgãos envolventes
Especialidade Gastroenterologia, cirurgia geral
Sintomas Dor na parte superior do abdómen, náuseas, vómitos, febre, fezes oleosas
Complicações Infeções, hemorragias, diabetes
Duração Aguda ou crónica
Tipos Pancreatite aguda e pancreatite crónica
Causas Pedras na vesícula, consumo excessivo de álcool, trauma direto, alguns medicamentos, papeira
Fatores de risco Fumar
Método de diagnóstico Amilase ou lipase do sangue
Tratamento Terapia intravenosa, analgésicos, antibióticos
Frequência 8,9 milhões (2015)
Mortes 132 700 (2015)
Classificação e recursos externos
CID-10 K85, K86.0K86.1
CID-9 577.0577.1
OMIM 167800
DiseasesDB 24092
MedlinePlus 001144
eMedicine emerg/354
MeSH D010195
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Pancreatite é a inflamação do pâncreas. O pâncreas é um órgão volumoso na parte posterior do estômago que produz enzimas digestivas e uma série de hormonas. Existem dois tipos principais: pancreatite aguda e pancreatite crónica.

Sintomas

Os sinais e sintomas de pancreatite mais comuns são dor na parte superior do abdómen, náuseas e vómitos. Em muitos casos a dor espalha-se para as costas e é geralmente muito intensa. Na pancreatite aguda, pode ocorrer febre e os sintomas geralmente desaparecem ao fim de alguns dias. Na pancreatite crónica pode ocorrer perda de peso, fezes oleosas e diarreia. Entre as possíveis complicações estão infeções, hemorragias, diabetes ou problemas que afetam outros órgãos.

Causas

As causas mais comuns de pancreatite aguda são Pedras na vesícula e consumo excessivo de álcool. Entre outras possíveis causas estão trauma direto, alguns medicamentos, infeções como a papeira e tumores, entre outras. A pancreatite crónica pode desenvolver-se em resultado de um episódio de pancreatite aguda e geralmente tem origem em consumo excessivo de álcool ao longo de vários anos. Entre outras possíveis causas estão a níveis elevados de lípidos no sangue, níveis elevados de cálcio no sangue, alguns medicamentos e algumas distúrbios genéticos como a fibrose cística.Fumar aumenta o risco de pancreatite, tanto aguda como crónica.

Diagnóstico

O diagnóstico de pancreatite aguda tem por base um aumento três vezes superior dos níveis no sangue de amilase ou lipase. Na pancreatite crónica estes valores podem-se apresentar normais. Em alguns casos podem ser realizados exames imagiológicos como ecografias ou tomografias computorizadas.

Tratamento

O tratamento de pancreatite aguda é geralmente realizado com terapia intravenosa, analgésicos e, em alguns casos, antibióticos. Geralmente é proibida a ingestão de alimentos ou bebidas, sendo colocada uma sonda nasogástrica no estômago. Nos casos em que o ducto pancreático se encontra bloqueado, pode ser aberto com um procedimento denominado colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. Em pessoas com pedra na vesícula, em muitos casos a vesícula biliar também é removida. Na pancreatite crónica, para além das medidas anteriores pode ser realizada a alimentação temporária através da sonda nasogástrica de modo a providenciar nutrição adequada. Em alguns casos podem ser necessárias alterações na dieta, administração de enzimas pancreáticas ou cirurgia para remover partes do pâncreas.

Em 2015, ocorreram em todo o mundo cerca de 8,9 milhões de casos de pancreatite. A doença foi a causa de 132 700 mortes, um aumento em relação às 83 000 em 1990. A incidência da pancreatite aguda é de 30 em cada 100 000 pessoas por ano. Todos os anos, desenvolvem-se novos casos de pancreatite crónica em cerca de 8 em cada 100 000 pessoas. A doença é mais comum entre homens do que em mulheres. Na maior parte dos casos, a pancreatite crónica tem início entre os 30 e 40 anos de idade, sendo rara em crianças. A pancreatite aguda foi descrita pela primeira vez em 1882 e a pancreatite crónica em 1946.


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