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Nimesulida
Nome IUPAC (sistemática) | |
N-(4-Nitro-2-phenoxyphenyl)methanesulfonamide | |
Identificadores | |
CAS | 51803-78-2 |
ATC | M01AX17 |
PubChem | 4495 |
Informação química | |
Fórmula molecular | C13H12N2O5S |
Massa molar | 308.311 g/mol |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | ? |
Ligação a proteínas | > 97.5% |
Metabolismo | Hepático |
Meia-vida | 1,8-4,7h |
Excreção | Renal(50%) Fecal(29%) |
Considerações terapêuticas | |
Administração | Oral, rectal, tópico. |
DL50 | ? |
A nimesulida ou nimesulide é um medicamento da classe dos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), que atua através da inibição da enzima ciclooxigenase e, consequentemente, da cascata do ácido araquidónico, que é responsável pela síntese de substâncias envolvidas na inflamação, tais como as prostaglandinas. Desta forma, a nimesulida combate os processos inflamatórios, as dores e a febre. Veja a bula do medicamento.
Devido a preocupações com o risco de toxicidade hepática, a nimesulida foi retirada do mercado em vários países (Espanha, Finlândia, Bélgica, Irlanda e Estados Unidos). [5] Problemas no fígado resultaram em mortes e na necessidade de transplante. [1] Isso pode ocorrer em menos de três dias após o início da medicação. [1]
Descrição
A nimesulida, comercializada com o nome de Arflex Retard (Diffucap Chemobras), Scaflam (Mantecorp), Mesalgin (TKS), Nisulid (Ache), Optaflan (Gallia), Nimesilam (EMS) e Cimelide (Cimed) é um fármaco anti-inflamatório não esteróide pertencente à classe das sulfonanilidas, com efeito anti-inflamatório, antipirético e analgésico. Os nomes comerciais em Portugal são vários, como por exemplo: Nimed, Nimelit, Aulin, Donulide, Nimesulida Jabasulide, Nimesulida Labesfal e muitos mais. No Brasil, pode-se encontrar o genérico com o nome nimesulida 100 mg.
Mecanismos de ação
A actividade antiinflamatória da nimesulida envolve vários mecanismos.
A nimesulida é um inibidor selectivo da enzima que sintetiza as prostaglandinas na cascata do ácido araquidónico, a ciclooxigenase (COX). A nimesulida inibiu, in vitro e in vivo, preferencialmente a COX-2, tendo uma atividade mínima ao nível da COX-1. A nimesulida é um inibidor preferencial da COX-2, dado que não é totalmente semelhante aos inibidores seletivos da COX-1, pois tem muito menos afinidade para esta enzima (a afinidade para a COX-2 é 5 a 16 vezes superior relativamente à COX-1, enquanto a afinidade dos inibidores seletivos é de 400-800 vezes superior).
Este fármaco inibe a atividade da COX por impedir o acesso do ácido araquidónico ao canal. A cristalografia de raio-x sugere que este bloqueio ocorre por ligações de hidrogênio ao grupo polar da arginina na posição 120.
Além disso, a nimesulida demonstrou possuir muitas outras propriedades bioquímicas que são as principais responsáveis por suas propriedades terapêuticas. Estas incluem a inibição da fosfodiesterase (PDE) do tipo IV; redução da formação do ânion superóxido (O2), e portanto inibição da produção de radicais livres de oxigénio, que contribuem para a inflamação e dor; diminuição substancial da atividade da via mieloperoxidase, que forma ácido hipocloroso, nos neutrófilos ativados; inibição de proteínases (elastase, colagenase); prevenção da inativação do inibidor da alfa-1-proteínase; inibição da libertação de histamina dos basófilos e mastócitos e dos basófilos humanos; inibição da atividade da histamina.
A nimesulida também pode afetar outras vias quando em concentrações superiores à concentração terapêutica.
Estes efeitos podem ocorrer em tecidos onde o fármaco é absorvido, de modo a que a concentração local possa ser maior. Efeitos farmacológicos que podem surgir:
- Atividade antioxidante
- Inibição da produção do ãnion superóxido pelos neutrófilos
- Aumento da produção de AMP cíclico por inibição da fosfolipase tipo IV
- Inibição da síntese do fator ativador de plaquetas (PAF)
Indicações
A nimesulida apresenta propriedades analgésicas, antiinflamatórias e antipiréticas.
- A nimesulida é indicada como analgésico no tratamento da dor aguda.
- Tratamento sintomática da osteoartrose em fase álgica. A nimesulida tem indicação em processos osteoarticulares, como mialgia, miosite, lombociatalgia, e dores pós-operatórias.
- Em ginecologia é utilizada na dismenorreia primária (cólica menstrual).
Nimesulida pode ser usada em adultos para reduzir a febre ou aliviar os sintomas relacionados a gripes e resfriados
Intestino delgado distal é responsável por cerca de 50% da absorção da dose administrada.O principio ativo liga-se até 97,5% às proteínas plasmáticas, nomeadamente a albumina sérica humana, havendo menos que 1% da concentração total plasmática na forma não ligada disponível para se distribuir nos tecidos extra-vasculares.
A nimesulida é extensivamente metabolizada. Foram identificados 16 metabolitos do fármaco e a sua biotransformação no Homem mostrou seguir 3 vias principais:
É único que pode ser monitorizado no plasma é o derivado 4-hidroxi da nimesulida (M1). O tempo que decorre até ao aparecimento deste metabolito na circulação é reduzido (cerca de 0.8 horas) e o seu tempo de semi-vida (t1/2) situa-se entre 3.2 e 6 h. A sua constante de formação não é elevada, sendo consideravelmente inferior à constante de absorção.
A nimesulida é principalmente excretada na urina (50,5-62,5%), sendo 1 a 3% excretada sob a forma de composto não modificado. Pode ocorrer também excreção fecal numa percentagem de 17,9 a 36,2%, havendo 6,3-8,7% de fármaco intacto nas fezes.
A percentagem reduzida de fármaco eliminado na forma inalterada indica que a nimesulida é eliminada maioritariamente a seguir à transformação metabólica.
Vários estudos indicam que apenas os metabolitos M1 a M5 são encontrados na urina humana. Destes, o M1 e o M5 estão presentes maioritariamente na forma conjugada. O M5 é também encontrado nas fezes, principalmente na forma não conjugada.
As interações farmacocinéticas podem ocorrer quando os processos de absorção, distribuição e/ou eliminação de um fármaco são alterados pela administração concomitante de outro fármaco.
Geralmente, as interações farmacocinéticas entre a nimesulida e outros fármacos não existem ou são negligenciáveis e dificilmente têm relevância clínica
Derivados salicilados: | |
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Derivados do ácido acético: | |
Derivados indólicos: | |
Derivados do ácido enólico: | |
Fenamatos: | |
Derivados pirazolónicos: | |
Coxibs: | |
Derivados paraminofenólicos: | |
Derivados do ácido propiónico: | |
Outros: |