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Mononucleose infecciosa
Mononucleose infecciosa | |
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Aumento de volume dos gânglios linfáticos no pescoço de uma pessoa com mononucleose infecciosa | |
Sinónimos | Doença do beijo, febre glandular, doença de Pfeiffer, doença de Filatov |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Febre, garganta inflamada, aumento de volume dos gânglios linfáticos no pescoço, fadiga |
Complicações | Inflamação do fígado ou do baço |
Duração | 2–4 semanas |
Causas | Vírus Epstein–Barr (VEB) geralmente transmitido pela saliva |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas e análises ao sangue |
Tratamento | Beber bastantes líquidos, repouso, analgésicos como o paracetamol e ibuprofeno |
Frequência | 45 por 100 000 pessoas/ano (EUA) |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B27.0, B27.9, B27 |
CID-9 | 075 |
CID-11 | 760139952 |
DiseasesDB | 4387 |
MedlinePlus | 000591 |
eMedicine | 784513, 222040, 963894 |
MeSH | D007244 |
Leia o aviso médico |
Mononucleose infecciosa (MI) é uma infeção geralmente causada pelo vírus Epstein–Barr (VEB). A maior parte das pessoas é infetada pelo vírus durante a infância, idade em que a doença causa poucos ou nenhuns sintomas. Quando o vírus é contraído no início da idade adulta, a infeção causa frequentemente febre, inflamação da garganta, aumento de volume dos gânglios linfáticos do pescoço e fadiga. A maior parte das pessoas recupera em duas a quatro semanas, embora a fadiga possa permanecer durante meses. Entre as possíveis complicações estão o aumento de volume do fígado ou do baço e, em menos de 1% dos casos, ruptura do baço.
A mononucleose é geralmente causada pelo vírus Epstein–Barr, um vírus da família família dos vírus do herpes também denominado vírus do herpes humano 4. No entanto, pode também ser causada por outros vírus. A principal forma de transmissão é pela saliva, embora em casos raros possa ser transmitida pelo sémen ou pelo sangue. A transmissão pode ocorrer pelo contacto com objectos infetados, como copos ou escovas de dentes. As pessoas infetadas são capazes de transmitir a doença semanas antes dos sintomas se manifestarem. O diagnóstico de mononucleose é suspeito com base nos sintomas e pode ser confirmado com análises ao sangue para deteção de anticorpos específicos. Outro achado comum é o aumento do número de linfócitos no sangue, dos quais mais de 10% são atípicos. O teste monospot não é recomendado para utilização geral por ser pouco fiável.
Não existe vacina. A infeção pode ser prevenida evitando partilhar objetos de uso pessoal ou evitar o contacto com a saliva de uma pessoa infetada. A doença geralmente melhora sem necessidade de tratamento específico. Os sintomas podem ser aliviados com ingestão de líquidos em bastante quantidade, repouso e toma de analgésicos como o paracetamol ou o ibuprofeno.
Em países desenvolvidos, a mononucleose é mais comum entre os 15 e os 24 anos de idade. Em países em vias de desenvolvimento, as infeções são mais comuns no início da infância, quando os sintomas são menos pronunciados. Em pessoas entre os 16 e 20 anos, a doença é a causa de 8% dos casos de inflamações da garganta. Nos Estados Unidos ocorrem 45 casos em cada 100 000 pessoas por ano. Quando chegam à idade adulta, cerca de 95% das pessoas já foi infetada pelo VEB. A doença ocorre com igual frequência em todas as épocas do ano. A mononucleose foi descrita pela primeira vez na década de 1920. Por ser transmitida pela saliva, é conhecida popularmente como "doença do beijo".