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Mitoxantrona
Mitoxantrona Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | 1,4-diidroxi-5,8-bis[2-(2-hidroxietilamino) etilamino]-antraceno-9,10-diona |
Identificadores | |
Número CAS | 65271-80-9 |
PubChem | 4212 |
DrugBank | DB01204 |
ChemSpider | 4067 |
ChEBI | 50729 |
Código ATC | L01DB07 |
SMILES |
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Propriedades | |
Fórmula química | C22H28N4O6 |
Massa molar | 444.45 g mol-1 |
Farmacologia | |
Via(s) de administração | principalmente intravenosa |
Metabolismo | hepático |
Excreção | renal |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Mitoxantrona é um agente antineoplásico antraquinônico que impede a proliferação de células tumorais malignas. Une-se ao DNA nuclear, de forma irreversível, de forma não específica, atacando por igual a células proliferantes e não proliferantes.
Usos
É muito usado no tratamento de certos tipos de câncer, principalmente câncer de mama metastásico, leucemia mieloide aguda e o linfoma não hodgkiniano (LNH). Também tem demonstrado melhorar a taxa de sobrevivência de crianças com leucemia linfoide aguda em sua primeira recaída. A combinação de mitroxanona e prednisona é idônea como terapia de segunda linha para o tratamento de câncer de próstata hormono refratário metastásico. Foi terapia de primeira linha, até que a combinação de docetaxel e prednisona o substituiu por suas melhores taxas de sobrevivência. A mitoxantrona é utilizada também para tratar a esclerose múltipla (EM), sendo especialmente recomendada para o subconjunto denominado esclerose múltipla secundária progressiva. A mitoxantrona não cura a esclerose múltipla, mas ainda assim é efetiva para atrasar a progressão da doença e aumentar o intervalo entre recaídas.
Mecanismo de ação
A mitoxantrona é um inhibidor da enzima topoisomerase tipo II, interrompendo a síntese e reparo do DNA em células sãs e cancerosas. Também participa na intercalação de DNA. Já que as topoisomerases cumprem a função de atenuar as tensões estruturais causadas pelos enovelamentos do DNA, a inibição dessas enzimas induz a rupturas no DNA que finalmente obriga às células a entrar no ciclo de morte celular programada (apoptose). No entanto este efeito de dano no DNA, pode causar neoplasias secundárias nas pessoas tratadas, pelo que se tem muito em conta a relação custo beneficio neste tipo de tratamentos.
Efeitos secundários
Como outros medicamentos desta índole, a mitoxantrona pode causar reações adversas de severidade variada. Pode causar mielosupressão (diminuição da produção de células sanguíneas), neutropenia (observada em 54% dos pacientes tratados com prednisona e mitoxantrona), infecções (causadas pela diminuição das defesas), transtornos cardíacos (sobretudo em tratamentos de longo prazo), transtornos no sistema sanguineo e linfático, transtornos do sistema nervoso, transtornos oculares, transtornos respiratórios, transtornos gastrointestinales, transtornos renais e urinarios, transtornos da pele e tecidos subcutaneos, transtornos do metabolismo e nutrição, transtornos vasculares (hemorragias), transtornos hepatobiliares, transtornos do aparelho reprodutor e pouco frequentemente transtornos psíquicos.
Síntese
A mitoxantrona pode ser preparada a partir da quinizarina.