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Locusta

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Locusta ou Lucusta foi uma notável preparadora de venenos no primeiro século do Império Romano, ativa no dois reinados finais da dinastia Júlio-Claudiana. Ela supostamente teve participação no assassinato de Claúdio e Britânico. Foi por muitos anos a favorita do imperador Nero, com ela provendo treinamento a outros envenenadores em seu serviço. Seguida da morte de Nero, Locusta foi executada por seu sucessor, Galba.

Fontes primárias

A carreira de Locusta é descrita pelos historiadores Tácito (Annals 12.66 e 13.15), Suetónio (Vida de Nero, 33 e 47) e Dião Cassio. Juvenal também menciona Locusta em seu Livro 1, linha 17 de suas Sátiras.

Biografia

Locusta foi dita ser de Gaul.

Especialista em venenos

Locusta serviu como especialista em venenos sob a imperatriz Agripina Menor. Em 54 a.C, já notável e aprisionada em custódia de envenenamento, Locusta foi ordenada pela imperatriz para fornecimento de um veneno para o assassinato de seu marido, Claúdio. Este foi borrifado em um cogumelo e dado ao imperador por seu provador Haloto; quando o veneno pareceu ser ineficaz, o doutor Gaius Stertinius Xenophon assassinou Claúdio com uma pena envenenada posta em sua garganta para indução ao vômito.

Ela supostamente aconselhou Agripina a usar Atropa belladonna como veneno. Extratos de atropa foram usados para envenenamento desde a antiguidade, já que sua planta e frutos contém Alcaloide tropano (primariamente Hiosciamina e Escopolamina). Venenos derivados de Atropa eram comumente usado em assassinatos romanos, e a imperatriz anterior Lívia Drusa já teria supostamente os utilizados. As dose efetivas de atropa necessárias para causar alucinações de até quatro dias, e as necessárias para a morte foram descritas pelo escritor do primeiro século Dioscórides.

Em 55 a.C, ainda aprisionada, Locusta fora chamada pelo filho de Agripina, o imperador Nero, para compor um veneno necessário para assassinar seu irmão adotivo Britânico. Quando seu veneno foi lento para ter sucesso, Nero flagelou Locusta com sua própria mão e a ameaçou com execução imediata, no qual ela proveu um veneno acelerado que então funcionara. Nero recompensou Locusta com completa indulgência e grandes propriedades do país, onde ele mandou pupilos para aprender seu ofício. Antes da fuga de Nero em 68 a.C, ele obteve veneno de Locusta para seu próprio uso e o manteve em uma caixa de ouro. Ele eventualmente morreu por outros meios.

Execução

Após o suicídio de Nero, Locusta foi condenada à morte pelo imperador Galba durante seu breve reinado, qual acabou em 15 de Janeiro de 69 a.C. Junto a outros favoritos de Nero, ela foi conduzida por correntes pela cidade e então executada.

Legado

Juvenal refere-se a ela em uma de suas Sátiras, descrevendo uma envenenadora até mais habilidosa que Locusta.

No romance O Conde de Monte Cristo (1844) por Alexandre Dumas, a especialista em venenos Madame de Villefort é frequentemente comparada a Locusta. Seu capítulo 101 é intitulado "Locusta".


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