 
				Infeção pelo vírus do Nilo Ocidental
 Nota: Este artigo é sobre a doença. Para o vírus, veja vírus do Nilo Ocidental.
 Nota: Este artigo é sobre a doença. Para o vírus, veja vírus do Nilo Ocidental.| Infeção pelo vírus do Nilo Ocidental | |
|---|---|
| Vírus do Nilo Ocidental | |
| Sinónimos | Febre do Nilo Ocidental, encefalite do Nilo | 
| Especialidade | Infectologia | 
| Sintomas | Nenhum, febre, dores de cabeça, vómitos, erupções cutâneas | 
| Complicações | Encefalite, meningite | 
| Início habitual | 2 a 14 dias após exposição | 
| Duração | Semanas a meses | 
| Causas | Vírus do Nilo Ocidental transmitido por mosquitos | 
| Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas e análises ao sangue | 
| Prevenção | Controlo dos mosquitos, prevenir a picada de mosquitos | 
| Tratamento | Cuidados de apoio, analgésicos | 
| Prognóstico | Risco de morte entre os casos graves: 10% | 
| Classificação e recursos externos | |
| CID-10 | A92.3 | 
| CID-9 | 066.4 | 
| CID-11 | 1091013360 | 
| DiseasesDB | 30025 | 
| MedlinePlus | 007186 | 
| MeSH | D014901 | 
|  Leia o aviso médico | |
A infeção pelo vírus do Nilo Ocidental ou febre do Nilo Ocidental é uma doença infecciosa geralmente transmitida por mosquitos e causada pelo vírus do Nilo Ocidental. Em cerca de 80% dos casos de infeção as pessoas apresentam poucos ou nenhuns sintomas. Cerca de 20% das pessoas desenvolve febre, dores de cabeça, vómitos ou erupções cutâneas. Em menos de 1% dos casos ocorre encefalite ou meningite, às quais estão associadas rigidez da nuca, confusão ou crises epilépticas. A recuperação da doença pode levar semanas ou meses. Nos casos graves em que o sistema nervoso é afetado o risco de morte é de cerca de 10%.
O vírus do Nilo Ocidental é geralmente transmitido por mosquitos infetados. Os mosquitos ficam infetados quando se alimentam de aves infetadas, as quais são reservatórios naturais da doença. Em casos raros, o vírus é transmitido através transfusões de sangue, transplantes de órgãos ou da mãe para o bebé durante a gravidez. Para além destas, não se conhece outras formas de transmissão direta entre pessoas. Os fatores de risco para desenvolver doença grave incluem idade superior a 60 anos e ter outros problemas de saúde. O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas e é confirmado com análises ao sangue.
Não existe vacina humana. A forma mais segura de diminuir o risco de infeção é evitar picadas de mosquito. As populações de mosquitos podem ser reduzidas eliminando reservatórios de água estagnada, como pneus abandonados, baldes, caleiras e piscinas. Quando não é possível evitar mosquitos, a utilização de repelentes, proteções nas janelas e redes mosquiteiras diminui a probabilidade de ser picado. Não existe tratamento específico para a doença, embora os analgésicos possam diminuir a intensidade dos sintomas.
O vírus foi descoberto no Uganda em 1937 e já foi detetado na Europa, África, Ásia, Austrália e América do Norte. A transmissão pode ocorrer em surtos. O vírus pode também infetar cavalos, para os quais está disponível uma vacina. A implementação de um sistema de vigilância de aves pode ser útil para deteção precoce de potenciais surtos em seres humanos.
