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Hipocalemia

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Hipocalcemia.
Hipocalemia
ECG de nível de potássio 1.1 caracterizado por depressão no segmento ST, onda T invertida, longa onda U waves e intervalo PR mais prolongado.
Sinónimos Hipopotassemia
Especialidade endocrinologia, medicina de urgência
Sintomas Fadiga, cãibras nas pernas, obstipação, arritmias cardíacas
Complicações Paragem cardíaca
Causas Diarreia, medicamentos como a furosemida e esteroides, diálise, diabetes insípida, hiperaldosteronismo, deficiência de magnésio, ingestão insuficiente de potássio na dieta
Método de diagnóstico Potássio no sangue < 3,5 mmol/L
Tratamento Modificações na dieta, suplementos de potássio, tratamento da causa subjacente
Frequência 20% das admissões hospitalares
Classificação e recursos externos
CID-10 E87.6
CID-9 276.8
CID-11 1586177000
DiseasesDB 6445
MedlinePlus 000479
eMedicine article/242008 emerg/273
MeSH D007008
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Hipocalemia é a concentração de potássio no sangue inferior ao normal. Uma concentração ligeiramente inferior geralmente não causa sintomas. Quando a concentração é significativamente inferior, os sintomas mais comuns são fadiga, cansaço, cãibras nas pernas e obstipação. Uma concentração baixa de potássio aumenta também o risco de anomalias no ritmo cardíaco, que em muitos casos é muito baixo e pode causar paragem cardíaca.

Entre as causas mais comuns de perda excessiva de potássio estão vómitos, diarreia, medicamentos como a furosemida e esteroides, diálise, diabetes insípida, hiperaldosteronismo, deficiência de magnésio e ingestão insuficiente de potássio na dieta. A concentração normal de potássio no sangue é de 3,5 a 5,0 mmol/L (3,5 a 5,0 mEq/L), definindo-se hipocalemia como uma concentração inferior a 3,5 mmol/L. Quando a concentração é inferior a 2,5 mmol/L classifica-se como hipocalemia grave. Entre os meios de diagnóstico estão análises ao sangue e electrocardiograma. Por oposição, hipercalemia é a condição em que a concentração de potássio no sangue é superior ao normal.

A velocidade a que o potássio deve ser reposto depende da existência ou não de sintomas ou de anomalias num electrocardiograma. Quando a concentração de potássio é apenas ligeiramente inferior ao normal, a condição pode ser tratada com alterações na dieta. Em concentrações mais baixas, a reposição requer a administração de suplementos de potássio por via oral ou potássio por via intravenosa. Quando é reposto por via intravenosa, o potássio é geralmente reposto a uma taxa inferior a 20 mmol/hora. As soluções com elevadas concentrações de potássio (>40 mmol/L) são geralmente administradas via catéter venoso central. Em alguns casos pode ser também necessária reposição de magnésio

A hipocalemia é um dos distúrbios eletrolíticos mais comuns, afetando cerca de 20% das pessoas admitidas em hospitais. O termo "hipocalemia" tem origem no grego hypo- (inferioridade), kalium (potássio), e -emia (condição do sangue).

Causas

As causas mais comum de perda excessiva de potássio são:

Outra possível causa são infecções que causem excreção excessiva do potássio pela urina ou fezes ou vômitos, tirem o apetite e diminuam o fluxo de íons pelas células.

Também inclui-se entre as causas o aumento da secreção de renina pelos rins ou de angiotensinógeno pelo fígado, pois esses hormônios regulam a perda de potássio na urina.

Na síndrome de Cushing há um aumento nos níveis de glucocorticóides e mineralcorticóides como a aldosterona, causando retenção de íons nos rins.

Anorexia

Anoréxicos que usam diuréticos, se alimentam mal e forçam o vômito costumam sofrer tanto com esse transtorno, como com outros desequilíbrios de íons, como hipernatremia (excesso de sódio) e hipocalcemia (falta de cálcio) e déficits vitamínicos. Essas complicações frequentemente geram arritmias cardíacas fatais.

Sinais e sintomas

O potássio se encarrega de facilitar a transmissão do impulso nervoso através da membrana celular, logo seus sintomas envolvem por distúrbios neuromusculares como:

É muito perigosa em pacientes cardíacos e com dificuldade respiratória.

Diagnóstico

Pode manifestar-se numa debilidade progressiva com hipoventilação e o acometido pode apresentar comportamentos anormais no eletrocardiograma (elevação da onda U e depressão da onda T), por doenças renais e por distúrbios gastrintestinais.

Tratamento

Primeiro, deve ser feita a reposição do potássio por soro fisiológico oral ou intravenoso. Para evitar reincidência é importante incluir alimentos ricos em potássio na dieta como (comparação de 100g):

  • Café: 3256mg
  • Damasco seco: 1179mg
  • Feijão: 1100 a 1450mg
  • Gérmem de trigo: 930mg
  • Grão de bico: 971mg
  • Soja: 927mg
  • Massa de tomate: 888mg
  • Lentilha seca: 866mg
  • Ameixa seca: 744mg
  • Amendoim torrado: 740mg

E tratar as causas primárias desse déficit. Suplementos podem ser necessários em casos graves.

Ver também

Ligações externas


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