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Gonorreia

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Gonorreia
Lesão gonocócia na pele
Sinónimos Infecção gonocócica, uretrite gonocócica, blenorragia
Especialidade Infectologia
Sintomas Nenhum, ardor ao urinar, corrimento vaginal, corrimento do pénis, dor pélvica, dor nos testículos
Complicações Doença inflamatória pélvica, inflamação do epidídimo, artrite séptica, endocardite
Causas Neisseria gonorrhoeae geralmente transmitida por via sexual
Método de diagnóstico Análises à urina, exames à uretra em homens ou colo do útero em mulheres
Prevenção Preservativo, um único parceiro sexual não infetado, abstinência sexual
Tratamento Ceftriaxona injetável ou azitromicina oral
Frequência 0,8% (mulheres), 0,6% (homens)
Classificação e recursos externos
CID-10 A54
CID-9 098
CID-11 1977691885
DiseasesDB 8834
MedlinePlus 007267
eMedicine article/782913
MeSH D006069
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Gonorreia é uma infeção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Em muitos casos não se manifestam sintomas. Em homens, os sintomas mais comuns são ardor ao urinar, corrimento do pénis ou dor nos testículos. Em mulheres, os sintomas mais comuns são ardor ao urinar, corrimento vaginal, hemorragias vaginais entre períodos ou dor pélvica. Em mulheres, a complicação mais frequente é a Doença inflamatória pélvica enquanto em homens é a inflamação do epidídimo. Se não for tratada, a gonorreia pode se espalhar para as articulações, causando artrite séptica, ou para as válvulas cardíacas, causando endocardite.

A gonorreia é transmitida pelo contacto sexual com uma pessoa infetada. O contacto inclui sexo vaginal, oral e anal. A doença pode também ser transmitida da mãe para o bebé durante o parto. O diagnóstico é realizado com análises à urina e exames à uretra, nos homens, ou ao colo do útero, em mulheres. Recomenda-se o rastreio anual de todas as mulheres sexualmente ativas e com menos de 25 anos de idade, assim como qualquer pessoa com novos parceiros sexuais ou homens que praticam sexo com outros homens.

A gonorreia pode ser prevenida com o uso de preservativo, em praticar sexo com uma única pessoa não infetada ou mediante abstinência sexual. O tratamento geralmente consiste na administração de ceftriaxona injetável ou azitromicina por via oral. No entanto, tem vindo a desenvolver-se resistência antibiótica a muitos dos antibióticos anteriormente usados, pelo que em alguns casos podem ser necessárias doses elevadas de ceftriaxona. Recomenda-se ainda que seja feito novo rastreio três meses após o tratamento. O tratamento deve também ser alargado a todos os parceiros sexuais da pessoa infetada nos dois meses anteriores à infeção.

A gonorreia afeta cerca de 0,8% das mulheres e 0,6% dos homens. Estima-se que ocorram entre 33 e 106 milhões de novos casos de gonorreia em cada ano, entre um total de 498 milhões de novos casos de ISTs curáveis, o que inclui sífilis, clamídia e tricomoníase. Em 2015, a doença foi responsável por 700 mortes. Em mulheres, as infeções são mais comuns no início da idade adulta. As primeiras descrições da doença remontam à época do Novo Testamento. O termo tem origem no grego gonórrhoia ("corrimento nos órgãos da geração").

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