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Fulminato de mercúrio(II)
Fulminato de mercúrio(II) Alerta sobre risco à saúde | |
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Identificadores | |
Número CAS | 628-86-4 |
PubChem | 12359 |
Propriedades | |
Fórmula molecular | Hg(ONC)2 |
Massa molar | 284.624 g/mol |
Aparência | Sólido cristalino cinzento |
Densidade | 4.43 g/cm3 |
Explosive data | |
Sensibilidade ao choque | Elevada |
Sensibilidade à fricção | Elevada |
Velocidade de explosão | 4250 m/s |
Riscos associados | |
Temperatura de auto-ignição |
150 °C |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Fulminato de mercúrio(II), vulgarmente designado por fulminato de mercúrio é um composto químico de fórmula Hg(CNO)2, e um explosivo primário, muito sensível à fricção e ao impacto. Utilizado sobretudo como iniciador de outros explosivos em detonadores e espoletas. O cianato de mercúrio(II), apesar de possuir a mesma fórmula química apresenta um arranjo diferente dos seus átomos, os iões cianato e fulminato são isómeros.
Inicialmente utilizado como composto de iniciação em cápsulas de cobre após 1830, o fulminato de mercúrio substituiu rapidamente a pederneira como meio de ignição da pólvora negra em armas de antecarga (carregadas pela boca). Mais tarde, em finais do século XIX e durante grande parte do século XX, foram largamente utilizados o fulminato de mercúrio e/ou clorato de potássio na iniciação de munições de pistolas e espingardas. Ao contrário do clorato de potássio, o fulminato de mercúrio não é corrosivo, porém perde capacidade com o passar do tempo.
Atualmente foi substituído pelo estifnato de chumbo (2,4,5-trinitrorresorcinato de chumbo ou tricinato), azida de chumbo e derivados de tetrazeno, compostos mais eficazes, não-corrosivos, menos tóxicos e mais estáveis ao longo do tempo.
Obtenção
Para obtê-lo dissolve-se mércúrio metálico em ácido nítrico, e a esta solução adiciona-se etanol. Foi preparado pela primeira vez por Edward Charles Howard em 1800. A estrutura cristalina deste composto foi determinada apenas em 2007. O fulminato de prata pode ser preparado da mesma maneira, mas este sal é ainda mais instável do que o fulminato de mercúrio.