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Fulminato
Fulminatos são compostos químicos os quais incluem o ânion fulminato. O ânion fulminato é um pseudohaleto, atuando como um halogênio quanto a sua carga e reatividade. Devido à instabilidade deste ânion, eles são explosivos sensíveis à fricção. O mais conhecido é fulminato de mercúrio, o qual tem sido usado como um explosivo primário em detonadores. Fulminatos podem ser formados com metais, como a prata e o mercúrio (elemento), dissolvidos em ácido nítrico e reagindo com álcool. A fórmula química para o ânion fulminato é O−N+C−. É a presença desta fraca ligação simples entre o oxigénio e o nitrogênio que lhe confere instabilidade. O nitrogênio muito facilmente forma uma estável ligação tripla a outro átomo de nitrogênio, formando nitrogênio gasoso.
Notas históricas
Fulminatos foram descobertos por Edward Charles Howard em 1800. Seu uso em armas de fogo em uma pólvora fulminante foi primeiro demonstrado por um ministro escocês, A. J. Forsyth, quem primeiro obteve uma patente em 1807. Joshua Shaw então fez a transição a outros usos em encapsulações metálicas, para formar espoletas, mas não patenteou sua invenção até 1822.
Nos anos 1820, o químico orgânico Justus von Liebig descobriu o fulminato de prata (Ag-CNO) e Friedrich Wöhler descobriu o cianato de prata (Ag-NCO). O fato que estas substâncias têm a mesma composição química levou a uma dura disputa, a qual não foi resolvida até Jöns Jacob Berzelius apresentar o conceito de isômeros.
Compostos
- Fulminato de prata
- Fulminato de mercúrio (II)
- Ácido fulmínico
- Cianato, o qual tem estrutura OCN− relacionada.