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Febre paratifoide

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Febre paratifoide
Pontos rosados no peito de uma pessoa com febre tifoide, semelhantes aos da febre paratifoide
Especialidade Infectologia
Sintomas Febre, dor de cabeça, erupção cutânea, fraqueza
Início habitual 6–30 dias após exposição
Duração Semanas a meses
Causas Salmonella enterica transmitida por alimentos ou água contaminados com fezes
Fatores de risco Falta de saneamento, excesso de população
Método de diagnóstico Cultura da bactéria ou deteção do ADN no sangue, fezes ou medula óssea
Prevenção Lavagem das mãos, água potável
Tratamento Antibióticos
Frequência 529 000
Mortes 29 200
Classificação e recursos externos
CID-10 A01.1-A01.4
CID-9 002
CID-11 1780040028
DiseasesDB 33218
MeSH D010284
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Febre paratifoide é uma infeção bacteriana causada por um de três serotipos de Salmonella enterica. Os sintomas geralmente começam-se a manifestar 6 a 30 dias após exposição à bactéria e são semelhantes aos da febre tifoide. Em muitos casos verifica-se um aumento gradual de febre ao longo de vários dias. São também comuns a falta de apetite, fraqueza e dores de cabeça. Algumas pessoas desenvolvem erupções cutâneas com pontos de tonalidade rosa. Sem tratamento, os sintomas podem durar de semanas a meses. Algumas pessoas são portadoras da bactéria sem manifestar sintomas, embora possam na mesma transmitir a doença a outras pessoas. A gravidade das febres tifoide e paratifoide é semelhante. Ambas são febres entéricas.

A febre paratifoide é causada pela bactéria Salmonella enterica dos serotipos Paratyphi A, Paratyphi B ou Paratyphi C, que se desenvolvem nos intestinos e no sangue. As bactérias são geralmente transmitidas pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infetada. Em muitos casos a transmissão ocorre quando a pessoa que prepara os alimentos está infetada. Entre os fatores de risco estão más condições de saneamento e higiene e viver em locais com excesso de população. Em alguns casos, a doença é transmitida por via sexual. Os seres humanos são os únicos animais infetados. O dinóstico pode ser suspeito com base nos sintomas e confirmado quer por cultura da bactéria, quer por deteção do ADN no sangue, fezes ou medula óssea. A cultura da bactéria pode ser difícil de realizar. O método mais preciso é o exame da medula óssea. Os sintomas são semelhantes aos de muitas outras doenças infetocontagiosas. O tifo é uma doença sem qualquer relação com as febres tifoides.

Embora não exista uma vacina específica para a febre paratifoide, a vacina contra a febre tifoide oferece alguma proteção. Entre as medidas de prevenção estão beber apenas água potável, melhorar as condições de higiene e saneamento e lavar frequentemente as mãos. O tratamento da doença consiste na administração de antibióticos como a azitromicina. A resistência a uma série de antibióticos outrora eficazes é comum.

Todos os anos ocorrem cerca de seis milhões de casos de febre paratifoide. A doença é mais comum em algumas regiões da Ásia, sendo rara em países desenvolvidos. A maior parte dos casos é causada pelo serotipo Paratyphi A. Em 2015, a doença foi responsável por 29 200 mortes, uma diminuição em relação às 63 000 mortes em 1990. Sem tratamento, o risco de morte é de 10% a 15%, enquanto com tratamento é inferior a 1%.


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