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Esclerose sistêmica
Esclerose sistêmica (português brasileiro) ou esclerose sistémica (português europeu) é uma disfunção generalizada do tecido conjuntivo, progressiva e de etiologia desconhecida, que pode levar a óbito. Tem origem em alterações inflamatórias crônicas que causam espessamento, fibrose cutânea e de tecidos moles, associada a alterações vasculares periféricas e viscerais fazendo com que a pele fique espessa e rígida, atrapalhando a movimentação. O quadro da doença piora no frio, quando os vasos têm hipersensibilidade (vasoconstrição).
Como praticamente todo o corpo humano tem tecido conjuntivo, todas as partes do corpo estão sujeitas as alterações produzidas pela doença (hiperprodução de colágeno formando tecido espesso - fibrose).
Classificação
1. Sistêmica: (mais grave)
- Difusa
- Limitada (CREST)
- Overlap ou síndrome de sobreposição (mais de uma doença)
- Visceral (órgãos internos) pele + rígida em todos os locais / canal do esôfago, que é elástico, não se dilata mais ao alimento (tem disfagia: regurgitação do alimento)
2. Localizada: (menos grave)
- Linear
- Morfeia (atinge apenas um segmento do corpo)
- Generalizada
3. Induzida: devido a atuação de agentes externos
Epidemiologia
- 2,19 casos por milhão de habitantes
- Sintomas entre 30 e 40 anos
- Predomínio no sexo feminino
- Prevalência - 126 casos a cada 1 milhão de habitantes
Etiologia
- Fatores genéticos
- Fatores imunológicos
- Fatores ambientais
Patogênese
Lesões repetidas do endotélio de microvasos - leva alterações da permeabilidade, ativa fibroblastos que secretam mais colágeno que se deposita na camada adventícia. Alterações imunológicas associadas ao aumento da síntese de colágeno, ocorrendo fibrose, lesão vascular e isquemia distal de pequenos vasos.
Quadro clínico
Forma difusa: Progressão rápida, lesão cutânea, aumento do risco de lesão renal, cardíaca e pulmonar nos primeiros 5 anos.
Forma limitada: Curso mais lento e benigno, apenas Raynaud durante anos, podem ter lesão viscerais com os anos.
Manifestações cutâneas - Espessamento (escleroderma) mais característica da doença. Fase edematosa: pele brilhante, com edema difuso em mãos e pés.
Fenômeno de Reynaud
- Bastante relacionado com o frio e doenças vasculares
- Distúrbio vaso motor
- Isquemia bem localizada, palidez (vasoespasmo), cianose e rubor
Esse fenômeno é transitório em 20 a 30 minutos desaparece mas pode reaparecer
Fase indurativa
- Pele endurecida, inelástica e aderida aos tecidos profundos, ulcerando-se com facilidade e prejudicando a mobilidade articular.
- A pele atrapalha o movimento pois está aderida aos demais tecidos internos impedindo a mobilidade articular
- Desaparecem as rugas de expressão da face
- Nariz e comissura labial afilados
- Microstomia (menor abertura da boca) - Influencia na nutrição do paciente tendo assim dificuldade para mastigação e para falar, a pele fica plana, elástica, atrapalhando as articulações.
- Pele seca, áspera e sem pelos.
Manifestações vasculares
Microulceração isquêmica da polpa digital, podendo evoluir para úlceras, gangrenas e amputações que ocorrem naturalmente devido a complicação do caso.
Manifestações articulares e musculoesqueléticas
Principal causa de morbidade e incapacidade
- Poliartralgias e mialgias
- Dor e rigidez, maiores que a inflamação
- Crepitação articular ao movimento
- Contraturas articulares
- Retrações tendíneas divido a inelasticidade e fibrose periarticular
- Garra esclerodérmica nas mãos (mãos em garra - flexão dos dedos)
- Fraqueza e atrofia muscular (por causa do pouco uso)
Manifestações gastrointestinais
- Disfunção esofágica - por atrofia e fibrose, disfagia pirose retroesternal, regurtição e sensação de parada do alimento no esôfago (causa de morte) - paciente pode broncoaspirar o alimento que pode levar a uma pneumonia
Manifestações pulmonares
- Hipertensão pulmonar
- Cardíacas: pericardite, arrimias
- Renais: glomerulonefrite até insuficiência renal.
Diagnóstico
- Critério Maior: - Esclerodermia proximal
- Critério Menor: - Esclerodactilia (espessamento da pele dos dedos), úlceras distais ou reabsorção de falanges distais, fibrose pulmonar basilar
Tratamento medicamentoso
- Analgésicos
- AINEs
- Corticoesteroides
- Drogas vasoativas
- Imunossupressores
Fisioterapia
Objetivo
Manter e aumentar mobilidade da pele e articular, melhorar equilíbrio, marcha, força muscular, consciência corporal e postural, e educação sobre a doença.
Orientações
- Encaminhar ao Nutricionista;
- Usar luvas;
- Ensinar mudanças de postura;
- Cuidado com cosméticos na face;
- Lubrificar a pele;
- Cuidado com os dentes;
- Cabeceira da cama elevada.
Ligações externas
- Dia da Auto Estima - Campanha de conscientização sobre a Esclerose Múltipla
- - Conhecerem - O portal exclusivo sobre Esclerose sistemica
- BayerHealthCare - Esclerose sistemica
- Wordpress - Tudo sobre EM
- Homefisio - Esclerose sistemica
- Associação Brasileira de EM
- Universidade Federal Fluminense - Material para estudo acadêmico da EM