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Eclampsia

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Eclampsia
Especialidade Obstetrícia
Sintomas Convulsões, pressão arterial elevada
Complicações Pneumonia por aspiração, hemorragia cerebral, insuficiência renal, parada cardíaca
Início habitual Após as 20 semanas de gravidez
Fatores de risco Pré-eclampsia
Prevenção Aspirina, suplementos de cálcio, tratamento dos antecedentes de hipertensão
Tratamento Sulfato de magnésio, hidralazina, parto de emergência
Prognóstico Risco de morte: 1%
Frequência 1,4% dos partos
Mortes 46 900 por doenças hipertensivas da gravidez (2015)
Classificação e recursos externos
CID-10 O15, O15.9
CID-9 642.64
CID-11 1759760659
DiseasesDB 4068
MedlinePlus 000899
eMedicine 253960, 1476919
MeSH D004461
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Mortalidade materna, em 2012, a cada milhão de gestações.

Eclampsia é o aparecimento de convulsões numa pessoa com pré-eclampsia. É uma complicação da gravidez em que se verifica hipertensão arterial, quantidade elevada de proteínas no sangue ou outras disfunções em órgãos. A condição pode aparecer antes, durante ou após o parto. É mais comum durante o segundo trimestre da gravidez. As convulsões são do tipo tónico-clónico e duram em média um minuto. Na sequência das convulsões ocorre geralmente um período de confusão ou coma. As complicações incluem pneumonia por aspiração, hemorragia cerebral, insuficiência renal e paragem cardiorrespiratória. A pré-eclampsia e a eclampsia fazem parte de um grupo maior de condições denominado perturbações hipertensivas na gravidez.

As recomendações de prevenção incluem a administração de aspirina em pessoas de risco elevado, suplementos de cálcio em regiões onde o consumo é baixo e tratamento da hipertensão anterior à gravidez com medicação. O exercício físico durante a gravidez pode também ser benéfico. A administração de sulfato de magnésio por via intravenosa ou muscular melhora o prognóstico em pessoas com eclampsia e é geralmente seguro, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento. No entanto, o tratamento pode necessitar de respiração assistida. Entre outros possíveis tratamentos estão medicamentos para a hipertensão, como a hidralazina, e o parto de emergência do bebé, quer por via vaginal ou por cesariana.

Estima-se que a pré-eclampsia afete 5 a 10% dos nascimentos e a eclampsia 1,4% dos nascimentos. Nos países desenvolvidos, a prevalência é de 1 caso em cada 2000 nascimentos devido aos melhores cuidados de saúde. As perturbações hipertensivas da gravidez são uma das causas mais comuns de morte durante a gravidez. Em 2015 provocaram a morte a 46 900 pessoas, uma diminuição em relação às 37 000 em 1990. Cerca de uma em cada cem mulheres com eclampsia morre. A palavra eclampsia tem origem no termo grego para relâmpago. A primeira descrição conhecida da doença foi feita por Hipócrates no século V a.C.

Sinais e sintomas

Pré-eclampsia

Os sinais característicos da pré-eclampsia são:

  • Pressão maior que 140/90 mmHg durante mais de 4h
  • Urina espumosa (por conter mais de 300 mg/dia de proteínas) ou outros sinais de problemas renais (como urinar pouco)
  • Inchaço das mãos, pés e face

A pré-eclampsia só é considerada como eclampsia depois de uma convulsão.

Eclampsismo

O eclampsismo é sinal de complicação da gestação. Mesmo sem problemas renais (proteinúria), pode ser diagnosticada quando há alguns dos seguintes sintomas:

  • Dores de cabeça fortes
  • Alterações na visão (perda temporária da visão, visão turva ou sensibilidade à luz)
  • Dor abdominal, geralmente sob suas costelas do lado direito
  • Náuseas ou vômitos
  • Diminuição dos níveis de plaquetas no sangue (trombocitopenia)
  • Insuficiência hepática
  • Falta de ar, devido a líquido nos pulmões

Síndrome HELLP

HELLP é uma sigla inglesa (Hemolysis, Elevated Enzymes Liver, Low Plaquets), em português um mnemônico equivalente seria PPEEHH, pois essa complicação da eclampsia é caracterizada por:

Causas

Especialistas acreditam que o problema está no desenvolvimento anormal dos vasos sanguíneos que conectam a placenta com o útero. Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para o útero ou ocorrem danos aos vasos sanguíneos, eles podem responder inadequadamente a estímulos hormonais e causar a pré-eclampsia. Existe uma forte relação com diabetes millitus gestacional (DMG) e diabetes (principalmente tipo 1) pelo fato destas doenças já apresentarem alto índice glicêmico e proteinúria. O aborto recorrente (AR) e pré-eclâmpsia (PE) compartilham muitos mecanismos semelhantes com rejeição do enxerto demonstrando assim falhas no sistema imunológico de não rejeição do feto.

Fatores de risco

Dentre os factores que aumentam o risco de sofrer esse transtornos incluem:

Prevenção e tratamento

As recomendações de prevenção incluem a administração de aspirina em pessoas de risco elevado, suplementos de cálcio em regiões onde o consumo é baixo e tratamento da hipertensão anterior à gravidez com medicação. O exercício físico durante a gravidez pode também ser benéfico. A administração de sulfato de magnésio por via intravenosa ou muscular melhora o prognóstico em pessoas com eclampsia e é geralmente seguro, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento. No entanto, o tratamento pode necessitar de respiração assistida. Entre outros possíveis tratamentos estão medicamentos para a hipertensão, como a hidralazina, e o parto de emergência do bebé, quer por via vaginal ou por cesariana.

Alimentação

O cuidado com a alimentação anti-inflamatoria uma vez que o quadro de proteinúria, pressão alta , valores glicêmicos altos e alta de leucócitos (que indicam desencadeamento de inflamações produzidas pelo sistema imunógico). Preferir os alimentos anti-inflamatorios (alho, cebola, cebolinha, brocolis, escarola, repolho, espinafre...) e diminuir alimentos pró-inflamatorios (massas, gordura, leite, açucar) e estilo de vida pró-inflamatorio (sedentarianismo e stress).

Um estudo coorte publicado em 2014 encontrou uma associação entre o consumo de alimentos biológicos e a diminuição do risco de pré-eclâmpsia.

Epidemiologia, prognóstico e história

Estima-se que a pré-eclampsia afete 5 a 10% dos nascimentos e a eclampsia 1,4% dos nascimentos. Nos países desenvolvidos, a prevalência é de 1 caso em cada 2000 nascimentos devido aos melhores cuidados de saúde. As perturbações hipertensivas da gravidez são uma das causas mais comuns de morte durante a gravidez. Em 2015 provocaram a morte a 46 900 pessoas, uma diminuição em relação às 37 000 em 1990. Cerca de uma em cada cem mulheres com eclampsia morre. A palavra eclampsia tem origem no termo grego para relâmpago. A primeira descrição conhecida da doença foi feita por Hipócrates no século V a.C.

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