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Corpo

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Corpo (desambiguação).
Diagramas do corpo humano.

Em anatomia, um corpo é o conjunto das várias partes que compõem um animal e , após sua morte, o corpo é considerado um cadáver. No ser humano o corpo, também chamado sôma (do grego transliterado sôma), é considerado como o organismo material, abstraído de suas funções psíquicas (donde provém o conceito de somatização de algumas doenças), e, em biologia, engloba o conjunto dos tecidos vivos que perpetuam a espécie e a mantém viva.

Nos insetos e outros artrópodes, o corpo é normalmente dividido em cabeça, tórax e abdómen.

Os termos equivalentes nas plantas são cormo para as plantas com órgãos diferenciados, ou talo para as restantes.

Também pode ser considerado uma porção limitada de matéria.

O Corpo em Blaise Pascal

Blaise Pascal (1623–1662) explora o corpo em dois âmbitos: o da esfera carnal e social; e o da mística.

No que diz respeito ao primeiro âmbito, Pascal pensa e escreve sobre o corpo baseando-se nas “três ordens das coisas”, fundamentadas em pensamentos de Jansenius e Descartes. Estas ordens servem como um modelo voltado à compreensão da vontade, grandeza e objetos cobiçados pelo ser humano. A esfera do corpo refere-se, fundamentalmente, às coisas apreendidas pelos sentidos e manifesta-se no desejo de posse de riquezas e outros corpos, com o objetivo de viabilizar os prazeres carnais. Na guerra e na política, portanto, a submissão de outros corpos, seguindo uma regra social estabelecida, configura-se como o principal objetivo – o corpo, portanto, o objeto a ser possuído pela vontade carnal. Neste caso, Pascal menciona figuras representativas tais como o rei e o capitão.

No pensamento Pascaliano, o corpo é a primeira coisa no qual o homem se baseia a fim de contemplar a si mesmo. A relação deste com a natureza apresenta-se como o caminho para uma melhor compreensão do papel do homem na vida e no universo. O mundo visível é apenas um setor – dentre infinitos setores – da natureza, do qual fazemos parte. Portanto, é necessário compará-lo a todas as outras coisas que, em relação a ele, existem.

Ao refletir sobre o corpo, Pascal enfatiza a magnitude inconcebível do sistema ao qual ele pertence, o universo – porém, mais especificamente, os dois extremos aos quais tudo é submetido: o nada e o infinito. Sobre isso, o filósofo afirma: “Todas as coisas saíram do nada e são levadas para o infinito”. Por conseguinte, o homem encontra-se em um estado intermediário entre ambos os extremos. O modo como existimos não nos permite compreender a nossa origem, o nada. Da mesma forma, a capacidade humana não nos permite conceber o infinito.

Visto que as coisas são constituídas de universos próprios, assim como o universo visível onde corpos celestes residem, e todas as coisas que constituem outras também são, elas mesmas, constituídas de outras coisas, Pascal afirma que o conhecimento de uma coisa se liga ao de outra e assim sucessivamente. "(...) todas as coisas são causadoras e causadas, auxiliadoras e auxiliadas, mediatas e imediatas". Diante dessa imensidão infinita, Pascal sugere que o ser humano, por meio da razão, contemple a existência em silêncio e faça conjecturas na medida do possível. Pascal parece sugerir ainda que as ciências são infinitas não somente quantitativamente mas também qualitativamente, ao afirmar que “São infinitas também na multidão e na delicadeza de seus princípios”.

O filósofo também sugere que a inteligência humana não se encontra em um nível superior ao do corpo, mas que ambos se encontram, da mesma forma, na natureza. A inteligência acaba por constatar o mundo, que, de acordo com Pascal, é formado por aparências inconstantes, e o corpo nele se movimenta e busca o prazer. A parte do todo, segundo ele, não pode conhecer o todo por inteiro, assim contentando-se com as demais partes. O conhecimento dessas leva a um conhecimento um pouco maior sobre o todo. Todavia, não conseguimos conceber a ideia pura das coisas pois tendemos a corromper a sua simplicidade com as nossas qualidades.

Blaise Pascal era um filósofo místico – se opunha à instituição da Igreja – porém muito religioso. Seu discurso sobre esse tema atinge uma riqueza única ao falar do corpo em relação a Deus. Nesse segundo âmbito, o corpo do qual fala não é mais físico, mas um sistema que envolve uma reciprocidade entre os membros (seres humanos) e o todo (Deus), fundamentado na fé e no amor. Ama-se a si mesmo por meio do todo. É preciso que o membro reconheça o todo e a sua parte nele – amar a si mesmo mais do que é concebido nessa reciprocidade é injusto; o problema reside no excesso de amor por si mesmo. O Ego, portanto é o que sobra de um indivíduo após o estabelecimento do vínculo com o todo.


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