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Carcinoma de células escamosas da pele
Carcinoma espinocelular | |
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O carcinoma espinocelular da pele tende a surgir a partir de lesões pré-malignas. A superfície é geralmente escamosa e muitas vezes forma úlceras (imagem). | |
Sinónimos | Carcinoma de células escamosas cutâneo (cSCC), epitelioma espinocelular, carcinoma epidermoide |
Especialidade | Dermatologia, cirurgia plástica, otorrinolaringologia |
Sintomas | Nódulo duro com superfície escamosa ou ulceração. |
Fatores de risco | Radiação ultravioleta, ceratose actínica, pele clara, exposição ao arsénico, radioterapia, imunodeficiência, infeção por vírus do papiloma humano |
Método de diagnóstico | Biópsia |
Condições semelhantes | Queratoacantoma, ceratose actínica, melanoma, verrugas, carcinoma basocelular |
Prevenção | Diminuir a exposição à radiação UV, protetor solar |
Tratamento | Remoção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia |
Prognóstico | Geralmente bom |
Frequência | 2,2 milhões (2015) |
Mortes | 51.900 (2015) |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C44 |
CID-9 | 199 |
MedlinePlus | 000829 |
eMedicine | derm/401 |
MeSH | D002294 |
Leia o aviso médico |
Carcinoma espinocelular ou carcinoma de células escamosas é um dos principais tipos de cancro da pele, a par do carcinoma basocelular e do melanoma. Geralmente apresenta-se na forma de um nódulo duro na pele com superfície escamosa, embora possa também formar uma úlcera. A doença desenvolve-se ao longo de meses. O carcinoma espinocelular tem maior probabilidade de se espalhar para outras partes do corpo do que o carcinoma basocelular.
O maior fator de risco é uma elevada exposição à radiação ultravioleta emitida pelo Sol. Entre outros fatores de risco estão cicatrizes na pele, feridas crónicas, ceratose actínica, pele clara, doença de Bowen, exposição ao arsénico, radioterapia, imunodeficiência, antecedentes de carcinoma basocelular e infeção por vírus do papiloma humano. O risco decorrente de radiação UV está relacionado com a exposição total, e não com a exposição inicial. As camas de bronzeamento estão-se a tornar uma fonte comum de radiação UV. O cancro espinocelular tem origem nas células escamosas da pele. O diagnóstico baseia-se geralmente num exame da pele e pode ser confirmado com uma biópsia.
A diminuição da exposição a radiação UV e a utilização de protetor solar aparentam ser métodos eficazes para prevenir o cancro espinocelular da pele. O tratamento mais comum é a remoção cirúrgica. Quando o cancro é pequeno, a remoção pode ser feita com uma simples excisão. Noutros casos, está recomendada a cirurgia de Mohs. Entre outras opções de tratamento estão a criocirurgia e a radioterapia. Nos casos em que há metástases, podem ser usadas quimioterapia ou biofármacos.
Em qualquer momento de 2015, cerca de 2,2 milhões de pessoas tinham um carcinoma espinocelular. Cerca de 20% de todos os casos de cancro da pele são carcinomas espinocelulares. Cerca de 12% dos homens e 7% das mulheres nos Estados Unidos desenvolvem carcinoma espinocelular em determinado momento da vida. Embora o prognóstico seja geralmente bom, quando ocorrem metástases a taxa de sobrevivência a cinco anos é de cerca de 34%. Em 2015, a doença foi a causa de 51 900 mortes em todo o mundo. A idade mais comum de diagnóstico são os 66 anos. As pessoas cujo tratamento foi bem sucedido apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver novos episódios.
Sinais e sintomas
O CCE geralmente começa como uma crosta vermelha e escamosa ou como um nódulo firme vermelho ou como uma úlcera elevada. Geralmente é áspero e forma uma crosta que pode coçar e sangrar quando raspado. Cresce lentamente e pode se tornar doloroso.
Causas
A exposição freqüente à luz do sol direta e forte, sem a protetor solar adequada é o principal fator de risco para os cânceres de pele. É o segundo tipo de câncer de pele mais comum, perdendo apenas para o carcinoma de células basais.
O vírus do papiloma humano (HPV) está associado ao CCE na boca, faringe, pulmão, dedos e região anogenital.
Fatores de risco
Os fatores de risco são similares aos de outros cânceres de pele:
- Exposição prolongada aos raios ultravioletas do sol;
- Camas e lâmpadas de bronzeamento;
- Exposição a longo prazo a cancerígenos como arsênico;
- Infecção por HPV;
- Imunodeficiência;
- Exposto à radiação ionizante;
- Histórico familiar de câncer de pele;
- Mais de 50 anos;
- Pele clara, especialmente loiros de olhos claros.
Diagnóstico
É diagnosticado por uma biópsia de pele, com incisão ou excisão, pois raspado não é sensível nem específico. Se completamente extraído e não se percebem linfonodos com metástase pode estar tratado antes mesmo do diagnóstico.
Histologia
O carcinoma de células escamosas surge da multiplicação descontrolada de células do epitélio e podem conter queratina e redes de filamentos ou desmossomos. Existem 6 sub-tipos: Adenoide, basaloide, células claras, células espinosas, células em anel de sinete e pleomórfico.
Tratamento
O carcinoma de células escamosas inicialmente pode ser removido completamente com uma pequena cirurgia, com anestesia local, que pode ser feito em um consultório médico ou clínica hospitalar. A cirurgia micrográfica de Mohrs é eficiente em 94% dos casos. Quando aparece na pele inicialmente pode ser tratado com um creme ou gel de 5-fluorouracil (5-FU) ou imiquimod, assim como outros carcinomas superficiais não-melanomas. Casos avançados, por outro lado, precisam de tratamento com radioterapia e quimioterapia.
Epidemiologia
O câncer de pele é o câncer mais comum do Brasil (cerca de 25% de todos os cânceres) e o carcinoma de células escamosas representa 20% dos cânceres de pele. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou, para o ano de 2006, 116.640 novos casos de câncer da pele não-melanoma. Em Santa Catarina a incidência de carcinoma de células escamosas da pele foi de 51 por cada 100.000 habitantes no ano 2000, de 71,16 por cada 100.000 em 2003 e de 94,39 por cada 100.000 em 2006, indicando um rápido aumento similar a tendência mundial. Não houve predomínio de gênero. A face foi o local de acometimento mais frequente.