Agorafobia
| Agorafobia | |
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| Antiga ágora da cidade grega de Delos, um dos espaços públicos que deram o nome à condição. | |
| Especialidade | Psiquiatria |
| Sintomas | Ansiedade em situações percebidas como inseguras, ataques de pânicos |
| Complicações | Depressão, perturbação por abuso de substâncias |
| Duração | Mais de 6 meses |
| Causas | Fatores genéticos e ambientais |
| Fatores de risco | Antecedentes familiares, evento angustiante |
| Condições semelhantes | Perturbação de ansiedade de separação, perturbação de stresse pós-traumático, perturbação depressiva major |
| Tratamento | Psicoterapia |
| Prognóstico | Resolução de metade dos casos com tratamento |
| Frequência | 1,7% dos adultos |
| Classificação e recursos externos | |
| CID-10 | F40.0, F40.00 |
| CID-11 | 530592394 |
| MedlinePlus | 000923 |
| MeSH | D000379 |
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Agorafobia é uma perturbação de ansiedade caracterizada por sintomas de ansiedade em resposta a situações que a pessoa percepciona como inseguras ou das quais é difícil escapar. Entre estas situações estão espaços abertos, tráfego rodoviário, centros comerciais ou qualquer outra situação em que a pessoa se encontre fora do local de residência. Quando a pessoa se depara com uma destas situações, o sintoma mais comum é um ataque de pânico. Para que seja diagnosticada agorafobia, os sintomas devem-se manifestar praticamente sempre que a pessoa se depara com a situação e os sintomas devem estar presentes durante pelo menos seis meses. As pessoas afetadas geralmente dão-se a um esforço significativo para evitar as situações. Nos casos mais graves, as pessoas sentem-se incapazes de sair da própria residência.
Acredita-se que a agorafobia seja causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Em muitos casos, a condição é comum na família. A agorafobia pode ter origem em acontecimentos como a morte de um pai ou um ataque violento. O DSM-5 classifica a agorafobia como uma fobia pertencente ao grupo das fobias específicas e fobias sociais. Entre outras condições que manifestam sintomas semelhantes estão a perturbação de ansiedade de separação, perturbação de stresse pós-traumático, perturbação depressiva major. As pessoas afetadas apresentam um risco acrescido de depressão e perturbação por abuso de substâncias.
É pouco provável que a agorafobia se resolva sem tratamento. O tratamento consiste numa forma de aconselhamento psiquiátrico denominada terapia cognitivo-comportamental. Esta terapia permite resolver cerca de metade dos casos de agorafobia. A condição afeta 1,7% dos adultos. O número de casos em mulheres é o dobro do de homens. A doença é rara em crianças. A maioria dos casos têm origem no início da idade adulta, sendo cada vez menos comum à medida que a idade avança. O termo "agorafobia" tem origem no grego antigo ἀγορά, ágora, que significa praça pública, com o sufixo -φοβία, que significa fobia ou "medo".