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Agonista inverso

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Curvas de dose-resposta para agonista total, agonista parcial, antagonista neutro, e agonista inverso.

No campo da farmacologia, um agonista inverso é um agente capaz de se ligar ao mesmo receptor que um agonista, mas induzindo uma resposta farmacológica oposta.

Um pré-requisito para a ação de um agonista inverso é a existência de uma atividade constitutiva (também conhecida como intrínseca ou basal) na ausência de qualquer ligante. Um agonista aumenta a atividade do receptor, superando o nível basal, enquanto o agonista inverso joga o nível de atividade para baixo do basal. Um antagonista neutro não possui atividade alguma na ausência de um agonista ou agonista inverso, mas pode bloquear a atividade de ambos.

A eficácia de um agonista total é, por definição,100%, a de um antagonista neutro é de 0% e a de um agonista inverso é < 0% (negativa).

Exemplos

Um exemplo de receptor que possui níveis basais de atividade e para os quais já foram identificados agonistas inversos são os receptores GABAA. Agonistas do receptor GABAA geram um efeito sedativo, enquanto agonistas inversos possuem efeitos ansiogênicos (como o Ro15-4513) ou até convulsivos (certas beta-carbolinas).

Dois agonistas inversos endógenos conhecidos são o peptídeo relacionado a Agouti (AgRP)  e o peptídeo sinalizador de Agouti (ASIP). Ambos ocorrem naturalmente em humanos e eles se ligam aos receptores de melanocortina 4 e 1 (Mc4R e Mc1R), respectivamente, com afinidades da ordem de nanomolar.

Os antagonistas opióides naloxona e naltrexona são também agonistas inversos parciais dos receptores opióides to tipo mu.

Ver também

Ligações externas


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