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Acondroplasia

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Fotografia com um homem adulto com acondroplasia

Acondroplasia é uma displasia óssea resultante de uma mutação genética que provoca alteração no desenvolvimento da cartilagem das placas de crescimento, diagnosticável ecograficamente desde o desenvolvimento fetal intrauterino. É caracterizada por nanismo rizomélico, desproporcional, ocorrendo em 1 em cada 200.000 recém-nascidos. Caracterizada por membros curtos, tronco normal, macrocefalia (cabeça frequentemente aumentada), hipoplasia facial com ponte nasal deprimida, podendo ser causada por mutação hereditária, quando um ou ambos os progenitores têm acondroplasia, ou mais comumente, mutação como de novo, em 80% dos casos. A mutação hereditária e a de novo têm carácter autossómico dominante.

Esta associada a idade paterna superior a 35 anos na época da concepção. A acondroplasia pode representar um problema diagnóstico no pós-parto, já que alguns pacientes nascem com comprimento dentro dos valores médios. Além disso, deve ser feito o diagnóstico diferencial com outros nanismos rizomélicos como a hipocondroplasia, o displasias diastrófica e a pseudoacondroplasia.

Mais de 98% dos pacientes com acondroplasia apresentam a mesma mutação: uma transição G à A no nucleotídeo 1138 do cDNA, levando à substituição do aminoácido glicina por arginina no domínio transmembranar do receptor do factor de crescimento fibroblástico 3 (FGFR3). A segunda mutação, diagnosticada aproximadamente em 2% dos casos, é uma transversão G à C na mesma posição 1138 levando à mesma substituição de aminoácidos. Assim, trata-se de uma condição com muito baixo índice de heterogeneidade genética e, consequentemente, de fácil diagnóstico molecular.

No GENE - Núcleo de Genética Médica, é desenvolvido um teste baseado em amplificação alelo-específica por PCR que permite o diagnóstico da acondroplasia em questão de horas, se necessário. Quando o resultado deste teste é normal e há rizomelia, deve ser feito o teste molecular para a hipocondroplasia, que é causada pela mutação 1620C à A também no gene FGFR3.

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