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Índia Juliana
Juliana | |
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Representação moderna da Índia Juliana, usada no logotipo de uma organização de mulheres indígenas paraguaia. | |
Conhecido(a) por | Matar seu mestre ou marido Espanhol e incitar outras mulheres indígenas a fazerem o mesmo. |
Nascimento | séc. XVI Rio Paraguai |
Morte | ~1542 Assunção, Paraguai |
Nacionalidade | Guarani |
Etnia | Guarani |
Causa da morte | Execução por desmembramento |
Juliana, mais conhecida como a Índia Juliana (ou "Juliana, a índia"), é o nome cristão de uma mulher guarani que viveu na então recém-fundada Assunção, no início do Paraguai colonial, conhecida por matar um colono espanhol entre 1539 e 1542. Ela foi uma das muitas mulheres indígenas que foram entregues ou roubadas pelos espanhóis, forçadas a trabalhar para eles e ter filhos. Como a área não era rica em minerais como eles esperavam, os colonos geraram riquezas por meio do trabalho forçado dos indígenas – especialmente a exploração sexual de mulheres em idade fértil.
A história da Índia Juliana vem dos relatos de 1545 do explorador Álvar Núñez Cabeza de Vaca, que governou brevemente o território entre 1542 e 1544, assim como os de seu escriba Pero Hernández. Segundo essas fontes, a índia Juliana envenenou um colono espanhol chamado Ñuño de Cabrera – seja seu marido ou seu mestre – com ervas e foi solta apesar de ter confessado o crime. Após sua chegada a Assunção, Cabeza de Vaca teria descoberto sobre seu caso, e que ela até se gabava de suas ações para seus pares. Em resposta, ordenou sua execução por desmembramento, como punição pelo crime e advertência a outras mulheres indígenas para que não fizessem o mesmo. O relato de Cabeza de Vaca foi apresentado como prova judicial ao Conselho das Índias e pretendia mostrar a má gestão da região.
A Índia Juliana é considerada uma das figuras mais proeminentes da história feminina do Paraguai, e sua incitação a outras mulheres a também matarem seus senhores foi considerada uma das primeiras revoltas indígenas registradas da época. Numerosas versões de sua história surgiram com várias conotações ideológicas. Embora o cerne de sua história seja geralmente o mesmo, os relatos diferem em detalhes como a data dos acontecimentos, a forma como ela matou Cabrera e o método com que foi executada. Embora alguns tenham considerado a Índia Juliana colaboradora dos espanhóis e construtora da nação paraguaia, outros a reivindicam como rebelde e símbolo da resistência indígena à colonização. Várias interpretações modernas a descrevem como uma das primeiras feministas, com sua figura sendo reivindicada por ativistas e acadêmicos. A história da Índia Juliana tem sido tema de inúmeras obras de ficção histórica. Uma rua em Assunção leva seu nome desde 1992, uma das poucas que levam o nome de um indivíduo indígena em vez de uma comunidade como um todo.
Ver também
Bibliografia
- El Jaber, Loreley (2011). Un país malsano: la conquista del espacio en las crónicas del Río de la Plata: siglos XVI y XVII (em espanhol) 1st ed. Rosario: Beatriz Viterbo Editora. Universidade Nacional de Rosário. ISBN 978-950-845-263-4. Consultado em 18 de janeiro de 2022 – via Academia.edu
Ligações externas
- Instituto Paraguayo del Indígena (em espanhol), Instituto Paraguaio para os Povos Indígenas