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Ácido tricloroacético

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Ácido tricloroacético
Alerta sobre risco à saúde
Trichloroacetic acid structure.svg
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Trichloroacetic-acid-elpot.png
Nome IUPAC Trichloroacetic acid
Identificadores
Número CAS 76-03-9
Número RTECS AJ7875000
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular CCl3COOH
Massa molar 163.4 g/mol
Aparência sólido branco
Densidade 1.63 g/cm³, sólido
Ponto de fusão

57 °C

Ponto de ebulição

196 °C

Solubilidade em água muito alta
Acidez (pKa) 0.77
Estrutura
Momento dipolar 3.23 D
Riscos associados
Classificação UE Corrosivo C)
Perigoso para
o ambiente (N)
Frases R R35, R35
Frases S S1/2, S26, S36/37/39,
S45, S60, S61
Compostos relacionados
ácidos cloroacéticos relacionados Ácido cloroacético
Ácido dicloroacético
Compostos relacionados Ácido acético
Ácido trifluoroacético
Ácido tribromoacético
Cloral (tricloroacetaldeído)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Ácido tricloroacético (também conhecido como Ácido tricloroetanóico) é um análogo do ácido acético no qual os três átomos de hidrogênio do grupo metila foram substituidos por átomos de cloro. Tem fórmula química CCl3COOH.

É preparado pela reação do cloro com a o ácido acético na presença de um catalisador adequado.

CH3COOH + 3 Cl2 → CCl3COOH + 3 HCl

É largamente usado em bioquímica para a precipitação de macromoléculas tal como proteínas, DNA e RNA. Seu sal é usado como um herbicida. Soluções contendo ácido tricloroacético como ingrediente são usadas para o tratamento de verrugas, incluindo verrugas genitais. É considerado seguro para o uso com este propósito durante gestação.

Sais de ácido tricloroacético são chamados tricloroacetatos. Redução de ácido tricloroacético resulta em ácido dicloroacético, um composto farmacologicamente ativo que mostra-se promissor no tratamento de câncer.

História

A descoberta do ácido tricloroacético por Jean-Baptiste Dumas em 1840 apresenta um passo importante no então lento desenvolvimento da teorização envolvendo os radicais orgânicos e valências. A teoria era contrária às crenças de Jöns Jacob Berzelius, iniciando uma longa disputa entre Dumas e Berzelius.

Usos

Usa-se no trato de determinadas doenças sexualmente transmissíveis, em uso direto de solução nos tecidos da vagina, tanto por papiloma vírus, como Trichomonas vaginalis.

Ácido tricloroacético encontra aplicação em cosmética para a remoção de calos ("Peeling“). Seu sal sódico, o tricloroacetato de sódio, é utilizado como herbicida. Na Alemanha, Áustria e Suíça não mais permitem instalações industriais de produção desta substância.

Ainda encontra aplicação como precipitante para proteínas em homogenizadores de células ou meios de cultura (com proteínas extracelulares).

Segurança

A inalação dos vapores de ácido tricloroacético pode causar dores de cabeça, tonturas, fadiga e fraqueza nos membros, tosse, dores no peito, náuseas e vômitos.

O contato com a pele ou olhos causa severa irritação e queimaduras.

A ingestão causa queimaduras na boca e estômago e pode ser fatal.

Não deve-se induzir vômito, em caso de ingestão. Dá-se leite em abundância e leite de magnésia. Nos casos de contato, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água em abundância por pelo menos quinze minutos e retirar-se as roupas e calçados contaminados (estes devem ser cuidadosamente lavados antes de reutilizados).

Solventes halogenados como 1,1,1-tricloretano, tricloroetileno, percloroetileno tem no ácido tricloracético um produto do metabolismo, assim, analisando-se este ácido na urina, por exemplo, pode-se determinar contaminações com estas substâncias.

Ligações externas

Ver também


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